terça-feira, 16 de março de 2010

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POLÍTICA


Oposição já fala em CPI da Bancoop para desgastar PT
Mesmo admitindo que são mínimas as chances de comissão ser instalada, parlamentares insistem que apuração se faz necessária

Agência Estado e Folhapress

São Paulo – Diante da série de denúncias que envolvem o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a oposição já começa a propor que seja aberta uma investigação sobre o petista e a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) no Congresso Nacional.

Parlamentares admitem que as chances de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) são mínimas em ano eleitoral. Ainda assim, insistem no discurso de que uma apuração se faz necessária. “Essas acusações se arrastam desde 2006. Se não conseguimos avanços por outras vias, o caminho correto é a investigação congressual”, diz o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).

Na Assembleia Legislativa paulista, os partidos estão na fase de escolha dos nomes que vão compor a CPI da Bancoop. O mais provável é que a comissão seja presidida pelo deputado Samuel Moreira (PSDB), seguindo a tradição da Casa de entregar o posto ao autor do requerimento de criação da comissão.

Moreira apresentou o pedido de abertura da CPI da Bancoop em 2008. Mas a instalação só foi autorizada pelo presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz (PSDB), no último dia 9. A contar da data de publicação do ato no Diário Oficial, ocorrida no dia 10, os partidos têm prazo de 15 dias para definir a lista de integrantes da comissão.

Promotor

O promotor José Carlos Blat, que investiga a Bancoop, e o presidente licenciado da entidade, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, informou que o inquérito reúne “um contexto probatório inegável de documentos bancários, fiscais, contábeis, relatórios, além de depoimentos colhidos na investigação”.

A declaração, feita em nota, é uma resposta ao juiz Carlos Eduardo Lora Franco que, ao negar o bloqueio de contas da Bancoop, disse que o promotor não apresentou “a indicação clara e precisa dos elementos de provas” e que o Ministério Público é uma instituição de Estado, não de governo, e que a atuação dos promotores deve ficar acima de convicções políticas.

“Como promotor de Justiça, exerço uma carreira de Estado, não de governo. Não estou investigando pessoas ligadas a partidos políticos, mas sim dirigentes e ex-dirigentes de uma cooperativa habitacional que lesou milhares de famílias”, informou Blat, que apresentará ao juiz novos dados para embasar o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari. O petista nega as acusações e diz ser vítima de perseguição política.

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