terça-feira, 16 de março de 2010

Leitores opinam!

O Popular

Cartas dos leitores

Falhas na UEG

Este jornal publicou sábado excelente reportagem de Adriano Marquez Leite, denunciando o descaso com que estão tratando a UEG, o corpo docente e os alunos. Aproveito a oportunidade para esclarecer que em Palmeiras de Goiás a situação não é diferente. Meu filho João Henrique Franco Zannini Martins, que cursa o 2º ano de Agronomia naquele câmpus, e os demais alunos da unidade estão buscando uma alternativa para ver a estrutura funcionar da maneira devida.

Ali, vê-se o absurdo de ‘puxarem um gato’ para ter energia na unidade, pois até hoje o governo do Estado juntamente com a Celg não regularizaram a situação. A UEG não possui laboratórios.

É um total desrespeito com o corpo docente, que, com dedicação, busca dar continuidade ao ano letivo em situações precárias. É óbvio também o desrespeito com os alunos, que se esforçam para entrar em uma universidade pública concorrida, moram em sua maioria longe de suas famílias e estudam sem nenhum respaldo técnico.

Como pagadores de impostos, acredito que o Estado deveria com urgência resolver a questão e o Ministério Público, como fiscal da lei, investigar o que na verdade ali está ocorrendo.

CARLA FRANCO ZANINI
Goiânia - GO

Há anos, a direção deste jornal tem demonstrado compreender a real importância de uma universidade estadual pública para o desenvolvimento do potencial intelectual da juventude goiana e para a produção de conhecimentos científicos e técnicos no Estado de Goiás.

A contribuição do POPULAR para com a UEG está evidenciada nas inúmeras matérias em que aborda as persistentes deficiências da instituição, a começar pela carência de instalações físicas próprias e adequadas à realização do ensino, da pesquisa e da extensão. Vale ressaltar que essas atividades são a razão de existir de uma universidade.

A reportagem intitulada Na UEG, falta até espaço físico adequado para aluno e professor, publicada sábado, assinada pelo repórter Adriano Marquez Leite, é uma demonstração desse compromisso. Não há dúvida de que matérias como estas, que fazem repercutir em amplos setores da sociedade a luta de estudantes, professores e funcionários técnico-administrativos por condições satisfatórias de estudo e trabalho, são fundamentais para convencer os responsáveis por assegurar essas condições a pararem de ignorar as necessidades da instituição e tomar as medidas que lhes competem para superar suas deficiências.

A propósito da mencionada matéria, mais precisamente no box com o título Unidades convivem com escassez, gostaria de fazer uma pequena correção de um dado: a afirmação atribuída a mim de que “é preciso realizar concurso para pouco mais de 5 mil funcionários técnico-administrativos” carece de reparos. Afirmei que cerca de 90% dos aproximadamente 2 mil funcionários técnico-administrativos da UEG estão submetidos a um contrato temporário (duração legal de um ano).

Sem concursos para preencher todas as vagas, tanto de funcionários administrativos quanto professores, a consolidação e a elevação da qualidade da formação oferecida pela UEG ficam inviabilizadas. Creio que as circunstâncias em que o repórter me entrevistou (via telefone), quando me encontrava numa rua do centro de Anápolis com intenso barulho provocado pelo trânsito de veículos, foi a causa do entendimento equivocado da informação.

JOSÉ SANTANA DA SILVA
Professor do curso de História da UEG em Anápolis

Mortos e vivos

Ao vivenciar a perda de pessoas queridas nos colocamos em situações que envolvem não só as emoções ao lidar com a perda afetiva, mas que também nos ajudam a pensar sobre como os mortos são tratados pelos gestores públicos e como o sepultamento envolve também a classe social.

E acrescentaria, como os classificados como classe baixa, classe C ou os trabalhadores são considerados e tratados quando são enterrados nos chamados cemitérios públicos. Não existe novidade em ressaltar que a morada dos mortos é permeada pelas classes sociais, da mesma forma que as nossas moradas enquanto vivos e os lugares onde construímos as habitações.

Contudo, seria de se esperar que os chamados cemitérios municipais recebessem dos gestores públicos mais atenção, principalmente num momento em que existem tantos recursos disponíveis para obras públicas e tantos PACs em andamento.

Afinal, os mortos não entram nos Programas de Aceleração do Crescimento? Os cemitérios não dão a visibilidade que as pessoas ocupantes dos cargos públicos esperam das obras que gerenciam? Talvez a questão seja mais complexa, pois do contrário o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, não se encontraria no caos, nos provocando tanto sofrimento e desconforto.

Mas voltando aos mortos, causou-me repúdio e revolta, quando, visitando o Cemitério Municipal de Anápolis, que acolhe o meu pai e a minha mãe, me deparei com lixo por toda parte, mato e capim tomando conta dos espaços. Da mesma forma que eles permanecem nas lembranças afetivas de seus parentes, é também através de seus descendentes que eles continuam participando da vida social.

A reprodução da vida social se dá simbolicamente através da vida que os vivos continuam a tecer. São seus filhos e filhas, seus netos e netas que votam.

Com certeza o desrespeito, o descaso, o desleixo com que são tratados os locais onde repousam os corpos dos nossos entes queridos vão interferir nas escolhas dos candidatos nas próximas eleições. Falta recurso para gerir dignamente o cemitério Municipal de Anápolis? Falta funcionário?

TELMA CAMARGO DA SILVA
Setor Santa Genoveva - Goiânia

Lei da gorjeta

Sabemos que o Brasil é um país que sofre de uma dependência das leis. Para todos os assuntos precisamos de leis, dizendo o que é certo ou errado e determinando penas a serem aplicadas em caso de seu descumprimento.

Mas, há pouco, o que parecia ser uma piada de mau gosto foi estampada nos principais jornais do país: “Senado aprova projeto que prevê 20% de gorjeta...”

Questões como essa poderiam ser discutidas em outras esferas da sociedade. E quem paga a conta, somos nós os contribuintes. E aproveitando a deixa, 20% de taxa de serviço é um roubo!

URBANO CARVALHO VIEIRA JÚNIOR
Setor Sul - Goiânia

Lago das Rosas

O novo calçadão do Lago das Rosas/Zoo está ficando ótimo e assim não ficará fácil alguém escorregar no local. O que se lamenta é que, até agora, não refizeram as muretas de proteção contra as enxurradas que descem da Avenida B e da Rua 3.

Só fizeram as muretinhas para conter a força das águas, com a lenta destruição da nova calçada. Pequenas crateras na terra já são visíveis.

CELMA FÁTIMA NUNES
Setor Coimbra - Goiânia

Briga no trânsito

Como testemunha ocular, discordo dos meios de comunicação no caso que envolve um servidor público da SES (PM reformado) e outro servidor público, da AMT. Tentaram criar uma versão duvidosa dos fatos, dando destaque a um corte que estava sangrando, enaltecendo e vitimando um agente da AMT e desmoralizando a SES e a PM.

Após a apuração do ocorrido, caso o resultado seja diferente do que ficou evidenciado nas reportagens, eu pergunto: como tentar corrigir?

LUIDY LOBO GOMES
Aparecida de Goiânia - GO

Nenhum comentário:

Postar um comentário