segunda-feira, 8 de março de 2010

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O Popular

Cartas dos leitores

Dia da Mulher

Na passagem do Dia Internacional da Mulher, devemos refletir sobre o tratamento que lhes foi dispensado ao longo da história da humanidade. Lembramos que, há pouco tempo, a mulher era impedida de exercer direitos exclusivos do homem, como votar até 1932 e realizava negócio jurídico apenas com a anuência do marido.

Além disso, era tratada apenas como objeto de prazer sexual do homem, tendo atribuição de cuidar da casa e dos filhos. Na França, após a Segunda Guerra Mundial, as mulheres que tiveram contato com soldados alemães foram humilhadas, tendo de desfilar em público com as cabeças raspadas, mesmo sabendo que a maioria cedeu aos invasores por coação e esse contato foi permitido para preservar suas vidas ou de suas famílias.

Seguem sendo discriminadas, maltratadas e torturadas em países que se valem do costume, da cultura ou da religião para imporem leis que causam sofrimento. No entanto, não permitem sequer o gesto democrático delas escolherem suas condições de se comportar ou viver. É o que acontece no Irã, na Arábia Saudita e em outros países islâmicos.

Elas continuam sendo discriminadas e sofrem violência no trabalho, são vítimas de trafico internacional, violência sexual, agressão de companheiros, abuso sexual infantil e adolescente e outros abusos diariamente divulgados pelos noticiários.

BIRACY A. CAMARGO
Jaraguá – GO


Minha mãe Henriqueta, uma mulher especial, visionária, que mesmo reclusa ao lar brilhou pela sua fé, pela sua energia e pela sua retidão. Vaidosa, religiosa e caprichosa, em tudo que fazia se aproximava da perfeição. Abdicou de alguns sonhos para se dedicar ao lar onde reinava absoluta, com porte, gosto e exigência de rainha.

Papai a idolatrava, sempre a amou muito, um eterno apaixonado. Muito meiga e educada, sempre trazia um lindo sorriso nos lábios. Costureira de mão cheia, doceira e uma cozinheira milagrosa, transformava a comidinha simples num banquete celestial. Mais ou menos não existia em seu vocabulário, sempre buscava o melhor, principalmente para os nove filhos, lutou muito, mas não se queixava.

Seu relacionamento com a morte era tranquilo, gostava de ir rezar nos cemitérios, pela paz e pelo silêncio reinante. Sempre dizia que queria morrer cedo para não dar trabalho e aos 62 anos Deus a chamou.

MARIA ISABEL
Setor Oeste - Goiânia

Direitos e ditadura

As elucubrações do ten. cel. do Exército Eurides Curvo, a respeito dos direitos humanos e da ditadura militar, demonstram completo desconhecimento da história de horror, parcialidade e conveniência.

A ditadura militar foi uma barbárie com consequências terríveis, verificadas até hoje.

PE. CARLOS FERREIRA DA SILVA
Parque do Buriti - Goiânia

Transeuntes

Não se sabe até quando o caótico tráfego de veículos na Avenida 1.ª Radial, em frente ao Ipasgo (Setor Pedro Ludovico), dependerá de solução daqueles que deveriam agir. Infelizmente, os transeuntes são as vítimas.

Por que não se adota alternativas como mudança da entrada de veículos para a Avenida Areião e a construção de passarela ou túnel para os pedestres na aludida avenida?

PEDRO DE ALCÂNTARA
Setor Pedro Ludovico – Goiânia

Cadê o asfalto?

As pessoas que transitam frequentemente pela rodovia GO-050, entre Campestre e Trindade, têm sofrido muito com os buracos no asfalto ou a falta de asfalto em alguns trechos da rodovia.

Grande é a quantidade de carros e caminhões parados diariamente, com seus veículos quebrados pela falta de manutenção da referida pista. Talvez, o descaso e o mau estado da rodovia se dê pelo motivo de que esta seja acesso mais usado para se chegar a Palmeiras de Goiás, cidade do senador Marconi Perillo. Será perseguição?

LUCIANO D. SILVA
Palmeiras de Goiás – GO

Pichações

A excelente reportagem da jornalista Patrícia Drummond, publicada no sábado, 27 de fevereiro, sobre as pichações na mureta do Lago das Rosas, me causou pânico e sentimento de impotência no sentido de não saber o que fazer para contribuir com a solução para este grave problema de violência.

Fiquei pensando e debatendo com Xexéu (Roberto Célio), presidente da Fundação Otavinho Arantes: seremos a próxima vitima da pichação, uma vez que a reforma e restauração do Teatro Inacabado será entregue dia 22 pelo governo do Estado? O que fazer?

Nos negamos a cercar o teatro com grades, até porque sua arquitetura é muito charmosa e a grade também não resolveria o problema. Para contratar segurança 24 horas não disponibilizamos de recursos e temos consciência de que não resolveria o problema.

Criaríamos um campo de batalha com os pichadores vândalos, quando defendemos a cultura da paz. Angustiado com o problema, no mesmo sábado fui à mesa-redonda no Espaço Quasar, cujo tema era turismo cultural. Lá, após ouvir as explanações dos convidados, fiz uso da palavra e comentei a reportagem, na tentativa de chamar a atenção para o problema, uma espécie de pedido de socorro para que nos ajudem.

Parabenizei a iniciativa do diálogo entre o turismo e a cultura e ponderei que também devemos dialogar com a segurança pública, pois não existe turismo cultural sem segurança eficiente para a população e para nossos patrimônios.

Assim como devemos dialogar com a área social, pois pichação também é uma questão social e por aí vai. Saí fortalecido e amparado com as considerações da presidente do Conselho Estadual de Cultura, professora Custódia Annunziata. Ela comentou que fenômeno da pichação se deve ao fato dos pichadores não se sentirem parte do patrimônio cultural, não se sentirem pertencentes à própria cidade, daí o problema social e sugeriu que devemos atraí-los para o próprio Teatro Inacabado, para a cidade e para a cidadania.

É verdade, lembrei que desenvolvemos ações culturais com jovens e adolescentes que vivem nas ruas e na praça em frente ao Lago das Rosas, lá mesmo no Teatro Inacabado resultando na formação do Grupo de Criatividade Filhos da Lua, funcionou conforme as orientações da professora.

Então o que era angústia e impotência transformou-se em desafio. Queremos e devemos trabalhar com os pichadores para eles se sentirem pertencentes à nossa luta.

HAMILTON REZENDE
Diretor-Executivo do Teatro Inacabado - Fundação Otavinho Arantes

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