segunda-feira, 8 de março de 2010

O Popular

Da Redação

Tempo de mensalão e de loterias

De uns dias para cá, a televisão tem exibido imagens gravadas da filha de um secretário de Estado, em Goiás, e do governador do DF, auxiliares e deputados de sua base aliada enchendo os bolsos, bolsas, meias, cuecas e malas de dinheiro de propina. Do outro lado da moeda, aparecem filas e mais filas de apostadores de loterias sonhando em acordar milionários.

Na verdade, o Brasil virou – e de não é de hoje – um país de jogatinas, de agiotagens e de todo tipo de mensalão. Este, que agora atinge parcelas dos governos de Goiás e de Brasília, começou em 2005, quando o ex-deputado Roberto Jefferson denunciou o chamado escândalo petista.

Em consequência dos reflexos no governo, foram afastados líderes petistas como Dirceu, Luiz Gushiken. Houve ainda a queda do deputado José Genoíno, então presidente do PT. Outro que foi membro de destaque do partido, o professor goiano Delúbio Soares, e outros 39 acusados ainda respondem a inquérito no STF por participação no mensalão.

Agora, depois da prisão de Arruda e auxiliares, por causa do que chamam de mensalão do DEM, a revista IstoÉ publica que o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual coordenador da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, Fernando Pimentel (PT), foi um dos operadores do mensalão do PT.

Talvez por isso, depois de alegações de armação política nos escândalos, a população receia que o cheiro de orégano se dissipe no ar.

De outra parte, os 35 compradores de um bolão da Mega-Sena em Novo Hamburgo (RS) dormiram sonhando com o prêmio de R$ 53 milhões, mas despertaram com o pesadelo de saber que a Caixa Econômica Federal não reconhece a aposta por não ter sido registrada e a lotérica não ter apresentado o bilhete oficial.

A Caixa considera ilegais os chamados bolões, mas só fiscaliza esse tipo de fraude mediante denúncia. Cabe ao apostador fugir dos bolões, lembrando-se dos apostadores de Novo Hamburgo.

Quando há divergências entre os mensaleiros, aparece um ou outro para gravar as cenas na certeza de que as imagens dizem tudo e nem arruda dá jeito. Mesmo assim, tem gente que tenta desacreditar o irrefutável, com alegada inocência.

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