segunda-feira, 15 de março de 2010

Leitores opinam!

O Popular

Cartas dos Leitores

Pagamentos do Ipasgo

Até hoje, o Ipasgo não efetuou o pagamento dos prestadores de serviços do mês de novembro de 2009. São centenas de prestadores da área da saúde que não têm como pagar suas contas, pois o governo acha que não deve priorizar a saúde do cidadão.

No Ipasgo informam que ainda não há previsão para o pagamento.

ADRIANO D´ÁVILA CAMPOS
Jardim Guanabara – Goiânia


Desapropriação de imóveis

Venho expressar minha admiração pela atitude da desembargadora aposentada Madalena Viannay, manifestada quarta-feira em carta à esta coluna, quando exprime sua opinião sobre a desapropriação dos imóveis para construção de um estacionamento.

Como pode um representante do povo colocar o seu projeto pessoal ou político acima dos interesses da coletividade, mesmo que esta seja pequena? Será que é necessário mesmo desalojar pessoas, cujas raízes familiares ou de vizinhança estão estabelecidas há mais de meio século, para atender os caprichos de políticos desprovidos de sensibilidade humana, enquanto áreas públicas como da antiga CPP e Detran poderiam ser utilizadas uma vez que têm proximidade com as obras pretendidas?

Atitudes como estas e outras que a imprensa estampa todos os dias têm desmotivado a população de participar de ações políticas. Pesquisa recente, encomendada pelo Sindicato dos Corretores de Seguros de Goiás ao Ibope, mostra-nos que 52% do eleitorado goiano têm pouco ou nenhum interesse pelo pleito de outubro.

Se o prefeito tem alguma pretensão política futura é bom que repense sua decisão. A população de Goiânia agradecerá em nome dos que agora estão angustiados com tal decisão.

LIOMAR LUDOVICO DE ALMEIDA
Setor Bueno – Goiânia


Calçadas de Goiânia

Agradeço ao colunista Wolney Unes pelo importante artigo Quero poder ir e vir. Mas na calçada. Sempre gostei de andar a pé e agora, com mais tempo – aposentada –, não tenho condições de ir à igreja, ao supermercado, à farmácia que ficam próximos à minha residência sem correr o risco de ser atropelada.

Moro na Rua 90, de tráfego intenso, e as calçadas ocupadas com materiais de construção, carros e outros obstáculos, me impedem de contribuir com menos um carro no trânsito. Nós, os idosos, agradecemos ao colunista e solicitamos aos órgãos de comunicação que façam uma campanha, sensibilizando a quem tem o poder de zelar pela cidade para fiscalizá-la.

Também gostaria de ir e vir, mas nas calçadas. Mas como se nem posso olhar para a cidade?

MARLENE ALVES
Setor Sul – Goiânia


Violência no trânsito

Em relação à agressão sofrida pelo supervisor de trânsito Emival Batista, houve alguns equívocos na matéria que merecem reparos. A caminhonete objeto da fiscalização não estava sendo conduzida pelo capitão reformado Pedro Rocha nem o veículo é de propriedade dele. O veículo prestava serviços para a Secretaria de Saúde do Estado, estava emplacado mas não constava no sistema nem o número do seu chassi.

O supervisor Emival é vítima da agressão e não autor. Assim, não é verdade a agressão por parte do agente. Enquanto o agente da AMT estava sangrando, com a roupa rasgada e com o orgulho ferido, um servidor público no estrito cumprimento da sua atividade, o capitão reformado sai da delegacia sorrindo, muito longe de parecer alguém que sofreu algum tipo de lesão.

Duvido que seus pares tenham ficado orgulhosos dessa atitude. Trabalhamos conjuntamente em várias oportunidades com a Polícia Militar, que é nossa aliada e nós dela. Ainda bem que atitudes assim não são capazes de contaminar nossa convivência.

O que fica de lição é que ainda há pessoas que não estão acostumadas a resolver os litígios no campo apropriado, procurando intimidar quem está cumprindo o dever de fiscalizar.

CLAYTON FERREIRA
Setor Bela Vista – Goiânia


Morto a coronhadas

Sou irmã de um jovem que, aos 27 anos, foi mais uma vítima da violência que assusta a cada dia a nossa cidade. O crime foi cometido, no dia 18 de outubro de 2009, por quem deveria estar protegendo pessoas. Meu irmão Darlan Afonso Ferreira nunca teve envolvimento com drogas, bebidas, não fumava e tinha um bom comportamento.

Sempre foi brincalhão com todos, um filho amoroso. Sua família até hoje não entende por que o policial Welington Martins dos Santos tirou a vida desse jovem sem motivos. Darlan morreu sem saber o porquê, já que o assassino nem se deu ao trabalho de olhar em seus olhos, mas fez questão de parar, sacar a arma e gritar para todos ouvirem que era policial militar.

E, então, batia a arma, ponto 40, com toda a sua força na cabeça de Darlan, na região temporo parietal, como diz o laudo cadavérico, com afundamento ósseo. A vítima teve hemorragia imediata e veio a óbito em poucas horas. À família só resta esperar que o autor da violência seja punido.

Com todo o sofrimento, ainda tivemos de vê-lo na audiência de 1º de março de 2010, sendo escoltado como se fosse uma vítima (sem algemas) e com um sorriso no rosto, e os parentes de Darlan como se fossem os reús. Minha mãe não se conteve, se derramando em lágrimas. Vamos esperar a segunda audiência na 2ª Vara Criminal de Goiânia. Que se faça justiça.

LEIDE MARIA FERREIRA
Setor dos Funcionários – Goiânia


Indo além das obrigações

Venho comentar a repercussão por parte da imprensa da matéria que recentemente disponibilizamos, abordando a decisão de um empresário rural de contribuir para o esforço da conservação, tarefa esta que não é só de governos e muito menos apenas dos órgãos responsáveis pela área de meio ambiente, mas de toda a sociedade.

O empresário Milton Fries, mais do que simbolicamente, faz sua parte com a decisão de ir além das obrigações legais, assumindo que vai propiciar a reconexão do Parque Nacional das Emas com o Rio Araguaia. Abre mão, neste particular, do direito de continuar produzindo grãos e criando gado em parte de uma de suas propriedades, com o compromisso de reflorestá-la com essências nativas do Cerrado.

A contínua perda de vegetação nativa em todos os biomas é uma realidade global. O Brasil não foge a esta regra, o Cerrado também não. A diferença está na exposição de números, às vezes alarmantes, dos índices de desmatamento. As instituições brasileiras que lidam com este tipo de monitoramento têm tido capacidade técnica e liberdade política para gerar e dar publicidade a estes números.

Assim deve continuar. Aliás, esta é justamente uma das razões das informações ambientais brasileiras terem boa credibilidade mundo afora. Enquanto gestor nesta área tenho questionado o fato de as instituições que lidam com o monitoramento de desmatamentos, divulgarem tais números sem proceder à devida filtragem entre o que teve origem legal, daquele de origem ilegal, isto é, desmatamentos sem autorização dos órgãos competentes.

O simbolismo do ato do empresário pode ser capaz de provocar uma reação positiva junto à sociedade e, especialmente neste caso, junto aos produtores rurais.

ARY SOARES DOS SANTOS
Superintendente do Ibama em Goiás

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