sexta-feira, 12 de março de 2010

O lixo do Maguito!

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CIDADES

Sacos de lixo acumulados nas ruas de Aparecida: coleta está irregular há duas semanas desde terceirização do serviço

Coleta do lixo vira problema em Aparecida
Após terceirização do serviço, no início do mês, moradores de quase todos os bairros reclamam que caminhões demoram para passar

Itaney Gonçalves

Desde o começo do mês, a coleta do lixo tornou-se uma dor de cabeça para moradores de quase todos os bairros de Aparecida de Goiânia. O serviço, que era realizado pela prefeitura, foi terceirizado e a empresa responsável, Vital Engenharia Ambiental, não conseguiu manter a frequencia da coleta de lixo no segundo maior município de Goiás. Estima-se que a população local produza aproximadamente 12 mil toneladas de lixo mensalmente.

A aposentada Elisabeth Ribeiro, de 52 anos, que mora no Setor Garavelo, um dos mais populosos de Aparecida, calcula que o caminhão não recolhe o lixo há quase uma semana. “Antes tínhamos certeza: o caminhão passava diariamente, sempre no início da noite. Agora está muito ruim”, reclama a mulher.

Ela conta que o marido precisou cortar alguns galhos de uma mangueira há poucos dias. Mesmo fazendo o pedido por telefone, o material ficou na porta da residência do casal por vários dias. “Do modo como faziam anteriormente era bem melhor”. A aposentada mora próximo ao Cais do bairro. Como o lixo demora a ser recolhido, ela teme pela saúde da família e de quem mora na vizinhança.

Longe do Garavelo, no Setor Cruzeiro do Sul, a dona de casa Aurora Ribeiro, de 73 anos, tem reclamações semelhantes. Aurora recorda que, quando o serviço não era terceirizado, o caminhão de lixo passava sempre nos mesmos dias e horários. “Agora, sem frequência, ficou esquisito. As pessoas estavam acostumadas com o dia e o horário em que o lixo era recolhido”, afirma Aurora.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento Urbano de Aparecida, Walbenio Oliveira, a Vital Engenharia Ambiental começou a se responsabilizar pelo serviço dia 1º de março. Antes, segundo estimativa da pasta, eram recolhidos aproximadamente 12 mil toneladas de lixo por mês. “A empresa ainda está em fase de adaptação, mas por enquanto não está recolhendo como anteriormente. Estão ocorrendo muitos atrasos”, reconhece Walbenio.

Ele explicou que já se reuniu com diretores da empresa, que se comprometeram a aumentar a frota de veículos e melhorar o serviço. Mas o secretário avisa que não vai esperar muito tempo. “Se não resolverem o problema logo, o contrato poderá ser rescindido”, garante. O secretario completa que, antes de assumir completamente o serviço, a Vital Engenharia Ambiental já auxiliava a prefeitura no recolhimento do lixo no município. “Antes era dividido: 50% para cada um”, conclui.

O diretor de Limpeza Urbana, Sebastião Ferreira, informa que, até o mês passado, os caminhões passavam diariamente para recolher o lixo nas regiões mais populosas da cidade. Nas demais, conta ele, a frequência era de três vezes por semana.

“Sei que esta empresa tem equipamentos modernos e fez um estudo detalhado antes de iniciar o serviço na cidade, mas o sistema deles não está agradando a população aparecidense até o momento”, diz Sebastião, que resumiu que o trabalho feito pela empresa “não tem sequência”.

Solução

Em nota, A Vital Engenharia Ambiental detalha que está responsável pelos serviços de coleta diária do lixo domiciliar e hospitalar, da limpeza das ruas, além de operar o aterro sanitário do município. A empresa calcula que, em poucos dias, Aparecida terá os serviços regularizados.

Além de buscar a solução para o acúmulo do lixo, a Vital informa que proporcionou a geração de 200 novos empregos diretos na cidade. A empresa é responsável pela coleta de lixo de municípios populosos do Brasil, como Recife (PE). Em sua página na internet diz que “com o emprego de equipamentos modernos executa os serviços de coleta de resíduos do tipo domiciliar, comercial, industrial e do trato da saúde, com pontualidade e qualidade.”

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