terça-feira, 16 de março de 2010

Protestos em Goiânia

Diário da Manhã

Cidades




Manifestação no terminal Praça da Bíblia

O caos se instalou a partir das 8h no terminal Praça da Bíblia com manifestação popular contra o atraso dos ônibus. Cerca de 500 manifestantes fecharam as saídas do terminal localizado no Setor Leste Universitário e resolveram não liberar os ônibus da Metrobus e os demais que fazem paradas no local. Uma imensa fila de ônibus que chegavam se formou do lado. O manifesto começou com uma jovem que recebeu ligação do diretor da empresa informando que ela perderia o emprego caso não chegasse na hora. Foi um dia de fúria para ela. "Ela chegou e começou a chamar o povo para frente do ônibus, de repente a coisa pegou. Todo mundo fechou a saída", diz Manoela Dias, estudante de Direito.

A maioria dos manifestantes já estava atrasada para o expediente. "Nunca chego cedo no local. Moro aqui do lado e preciso acordar às 5h30 para chegar no serviço", reclamou uma das líderes, Paula Fernandes. Ela trabalha no setor Bueno e está ameaçada também de perder o emprego. Esta manhã foi a gota d´água: "Não vamos mais sair daqui. Hoje negociaremos um corredor e só", diz a recepcionista.

As palavras de ordem ecoam no terminal. Os manifestantes gritam 'traidores' para os motoristas que ameaçaram correr o Eixo-Anhanguera. "Se andar, vai matar gente, pois não vamos sair daqui", disse um dos manifestantes que começou a pregar a quebradeira dos ônibus. Dois ônibus 019 e 018 são os principais gargalos do local, dizem os manifestantes. Eles escoam para o Terminal Cruzeiro e Bandeira.

Uma hora depois do início do movimento, a Metrobus enviou no local um representante que não quis se identificar. Ele foi chamado de 'mentiroso' pela população, que deseja mais ônibus e roteiro definido. Um grupo de manifestantes jogou papel e garrafas no diretor da Metrobus. Quando o povo começou a gritar o nome do presidente da Metrobus, Francisco Gedda, em sentido de crítica à sua gestão, o diretor da empresa escalado para falar disse que a culpa era de Marcos Massad, presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC). "O Gedda está lá na empresa. Ele não pode vir aqui".

Cerca de trinta soldados da Polícia Militar acompanham a manifestação de longe, além de proteger o representante da empresa de ônibus. Neste momento, a situação está indefinida, com a população em cerco aos ônibus. A Polícia Militar tenta proteger os veículos.

Quase toda imprensa do Estado estava no local.

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