sexta-feira, 23 de abril de 2010







Editorial

Amarga frustração

Com acentuada amargura política os brasileiros, os goianos em especial, acompanharam a comemoração do cinquentenário de Brasília, que deveria ser de intenso júbilo, se este grandioso evento não tivesse a sua luminosidade histórica exposta às sombras de um inominável escândalo e o governo do Distrito Federal submetido a uma sensação do provisório.

“Brasília, capital da esperança”, o exultante canto que ressoava pelo Planalto Central há 50 anos, foi agredida e insultada, à aproximação de uma campanha eleitoral de grande importância para o destino do País. Alguns verdadeiros meliantes se juntaram para extorquir, para sujar e depois tentar lavar dinheiro, deixando uma conta de infâmia para o povo pagar.

Será que os eleitores não vão raciocinar melhor, apurar a capacidade de julgamento, e votar contra todos esses malfeitores que sujam um firmamento que deveria ser tão limpo, que é o espaço da coisa pública?

Nunca, antes, surgiu no calendário político brasileiro oportunidade tão preciosa para o voto esclarecido e judicioso. Mesmo que os partidos ainda hesitem em montar chapas mediante escolha mais rigorosa dos nomes, o eleitor precisa ser implacável. E ainda que o Congresso venha negar o dever de aprovação do Projeto Ficha Limpa, este eleitor tem de proclamar um sonoro não aos corruptos e malandros. Não pode haver lugar para eles numa atividade que exige ética e honestidade, como é a política.

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