segunda-feira, 19 de abril de 2010






Opinião

A memória curta de Iris 

Daniel Goulart

O ex-prefeito Iris Rezende publicou ontem, no DM, um artigo que é um primor de má- fé e enganação. Como sempre, ele tenta se apresentar como o enviado de Deus para governar Goiás e se mostra como um defensor do bem, justamente ele que foi responsável pelas maiores barbaridades cometidas contra o patrimônio público no nosso Estado.

Iris é do PMDB. No seu tempo, os escândalos tornaram Goiás presença constante nas manchetes negativas da imprensa nacional. Afinal, quem é que não se lembra de escândalos como o caso Caixego, o caso Astrográfica ou o caso Secom, que arrastaram milhões e milhões de recursos públicos para o ralo da corrupção?

Mas Iris e seus governos fizeram muito pior. Ele torrou grande parte do patrimônio do Estado, ao vender duas usinas hidrelétricas – Corumbá e Cachoeira Dourada, pulverizando em obras superficiais e inadequadas s srecursos arrecadados. E não é preciso ir longe: segundo a CPI da Celg, em recente relatório que foi aprovado e assinado pelo deputado José Nelto, do PMDB de Iris, foram as administrações do ex-prefeito e do seu sucessor Maguito Vilela que levaram a Celg à situação de dificuldades em que se encontra hoje.

Iris nunca foi adepto do planejamento. Seus governos foram marcados pelo improviso, o que se estendeu até a sua recente passagem pela Prefeitura de Goiânia. A sua marca continuou sendo o favorecimento de grupos, de famílias e até de parentes próximos, em detrimento do funcionalismo público, dos grandes projetos de interesse coletivo e, em última análise, em desfavor da pessoa humana – já que nunca, nem no Estado nem na Prefeitura, foi capaz de implementar um único programa social ou de solidariedade com as pessoas necessitadas.

Tem mais: suas administrações no Estado deixaram o Ipasgo quebrado e levaram à falência as instituições financeiras goianas – o BEG o BD e a Caixego. Para ter a ousadia de se candidatar a governador, com um prontuário repleto de tantas irregularidades, Iris só pode acreditar que o povo não tem memória.

Em 1999, ao assumir o governo, Marconi Perillo recebeu Goiás com a economia estagnada, a saúde abandonada, a educação sem investimentos, a segurança pública sem prioridade, descaso total com a cultura, com a juventude e com a terceira idade.

Não havia também nenhuma ação para inserir goiás na modernidade. Além disso, Marconi recebeu a maior dívida proporcional do Brasil e um Estado que, apesar das suas potencialidades, não tinha nenhuma política de incentivo à industrialização e à geração de empregos. Um caos total.

Na Prefeitura de Goiânia, Iris repetiu a mesma fórmula PMDB na prefeitura repetiu a mesma fórmula de descaso e desrespeito com a população. Prometeu resover os problemas do transporte coletivo em seis meses e, passados seis anos, a situação dos usuários do sistema é de sofrimento e impaciência, reveladas pelos constantes quebra-quebras no terminais. O trânsito mergulhou em confusão, os programas sociais que existiam foram extintos, a nossa Goiânia se transformou na Capital nacional da dengue e da saúde ineficiente.

Aliás, quem atesta a situação social de Goiânia é a Organização das Nações Unidas, a ONU, que fez um levantamento e apontou a cidade como a mais socialmente desigual do Brasil. Isso como consequência do improviso na administração e da falta de políticas de valorização do ser humano.

Mais uma vez, Iris tem enganar a população de novo com um discurso demagogo e de salvador da pátria, quando as suas administrações, no Estado e na Prefeitura, mostram exatamente o contrário. Enquanto estava no cargo de prefeito, ele tentou dourar a pílula com a propaganda maciça e enganosa, promovendo a maior campanha de marketing da história de Goiânia – com gastos milionários pelos quais responde, como réu, a inúmeros processos movidos pelo Ministério Público Estado, envolvendo cifras superiores a R$ 20 milhões torrados em publicidade.

Ao contrário, as administrações de Marconi Perillo realmente modernizaram Goiás, recuperaram a auto-estima dos goianos e valorizaram o ser humano, tanto por meio de programas sociais que foram copiados no mundo todo e quanto através de políticas inteligentes que incrementaram a economia e levaram o nosso Estado a triplicar o seu PIB em apenas 7 anos.

Marconi deu atenção a todos os setores e cumpriu dois mandatos governamentais com conteúdo plural, focados em promover o crescimento de todas aqs áreas, tudo com responsabilidade e planejamento. Não fez dívidas, manteve o pagamento do funcionalismo e dos fornecedores em dia, passando uma borracha no tempo velho e criando uma nova realidade para os goianos, o que levou a sua administração a obter a aprovação, entre ótimo e bom, de 97% quando entregou o governo.

É isso, aliás, que explica a liderança de Marconi em todas as pesquisas. É a verdade é uma só: apesar de ter metade da vida pública de Iris (50 anos contra 25 anos), Marconi tem mais aprovação do que o coronel peemedebista, que se mostra incomodado com essa situação e, em vez de propostas, insiste em ataque e agressões para vender a sua candidatura.


Daniel Goulart é deputado estadual

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