segunda-feira, 19 de abril de 2010

Leitores opinam!







CARTAS DOS LEITORES

Caso Luziânia

O assassinato de seis jovens em Luziânia comprova o descaso e a incompetência do poder público. Os laudos psiquiátricos feitos previamente praticamente tinham previsto esse terrível desfecho. O juiz responsável pelo processo, com base apenas em um único laudo favorável ao réu, permitiu a soltura do maníaco sem atentar aos apelos da promotora de Justiça que acompanhava o caso de perto.

O bom senso sugere que se existem controvérsias, que se promova uma revisão.

Agora, após o ocorrido, num flagrante corporativismo, a Associação dos Magistrados do Brasil vem a público eximir o juiz de qualquer culpa, tentando jogar uma pá de cal no assunto. Mas como ficam as seis vidas humanas eliminadas e as seis famílias desses jovens, traumatizadas para sempre? Os protagonistas dessa tragédia deveriam, em primeiro lugar, se colocar no lugar das vítimas.

Eurindo de Oliveira Barros Filho
Caldazinha – GO
 
Pirataria em Jaraguá

Dias atrás, o assíduo leitor e grande colaborador dessa seção de cartas, Biracy Camargo, foi muito criticado pela pena excessiva que demonstrou ter em relação aos conterrâneos presos por falsificação de roupas em Jaraguá.

Agora, com mais uma investida da polícia, o mesmo sentimento parece ter tomado conta de outros moradores da cidade.

Na verdade, três fatores se destacam em todo esse episódio. Primeiro, o grande sofrimento vivido por amigos, parentes, pais e mães dos envolvidos e também por centenas de pessoas que ficaram desempregadas. Segundo, a ingenuidade da maioria dos Jaraguenses em querer tornar normal um crime.

Por fim, o sentimento de tristeza, por perceber que, apesar de tudo, há ainda nesse meio pessoas pisoteando o sofrimento alheio à procura de mídia e holofotes.

João Luiz das Graças Soares
Jaraguá - GO


Estacionamento

O surgimento de uma gigantesca frota de veículos na capital do Estado trouxe sérios problemas para os motoristas, para a Agência Municipal de Trânsito e toda a população. Onde há grande fluxo de carros e muita demanda por vagas em estacionamentos, surgiram muitas garagens improvisadas. Quem as explora, sejam proprietários ou locatários, aproveita para implantar as garagens, regulamentadas ou não pelos órgãos de Fiscalização.

O poder público parece fazer vista grossa, pois grande parte dessas garagens é carente de segurança na entrada e saída de veículos. Não há sinalizadores para alertar pedestres, que são obrigados a fazer um verdadeiro malabarismo para escapar dos veículos.

Essas pessoas contratam funcionários para sinalizar vagas em suas garagens. Muitos contribuintes criticam a prefeitura por ignorar essas irregularidades e por aproveitar para implantar as áreas azuis, movimentando a “indústria de multas”, que recebe críticas diárias nos meios de comunicação.

Luiz Mario Vaz
Centro – Goiânia


Concurso da Agehab

A prova de redação aplicada aos candidatos de nível médio do cargo de assistente administrativo do concurso da Agehab, realizado no dia 11, deveria cobrar textos com temas da atualidade, conforme consta no edital. No entanto, o tema proposto foi de caráter técnico sobre a modalidade licitatória chamada pregão. Os órgãos responsáveis pelo concurso têm alguma explicação para isso?

Rander Rezende de Assis
Setor Marechal Rondon - Goiânia

Trânsito

Sair hoje às ruas de Goiânia, nesse trânsito infernal, dá saudade dos anos 60. Não porque os motoristas da época fossem diferentes dos de hoje, mas porque eram poucos. As ruas eram vazias. Quem dava seta para um lado e virava para o outro não incomodava ninguém. Som em carro, ligado no último volume, a toda altura, tirando nossa paciência, não existia naquela época.

Hoje o trânsito incomoda todo mundo. Uns andam igual tartaruga, irritando quem vem atrás.

Outros andam em disparada fazendo vítimas. Motos se espremem entre os carros causando pânico.

Falar ao celular e parar em fila dupla, embora proibidos, são cenas comuns.

Dia desses, uma caminhonete de luxo estava parada em fila dupla incomodando meio mundo. Atrás, um adesivo dizia: “Tudo posso naquele que me fortalece”.

Para ser arrogante, o indivíduo encontra muitos motivos. Mas o principal mesmo está nele próprio. Não pense que o trânsito transforma as pessoas. Assim como o ladrão nasce feio – a ocasião apenas excita o instinto dele –, o trânsito só estimula o instinto do motorista predisposto a transgredir as regras. Para esses, campanhas educativas e nada são a mesma coisa.

Afinal de contas, caráter e comportamento não são atributos disponíveis no meio ambiente.

Gerson A. Veloso
Setor Bueno – Goiânia


A GO-020, além de dar acesso à cidade de Senador Canedo, Bela Vista e outras cidades circunvizinhas, também dá acesso ao centro da cidade de Goiânia, que, por sua vez, tem crescido bastante em função dos inúmeros condomínios horizontais da cidade. Esse desenvolvimento acelerado tem causado uma explosão de veículos nas ruas, muitos trafegando em alta velocidade, muito além dos permitidos 60 quilômetros por hora, fazendo crescer o número de acidentes.

Além, ainda, dos constantes congestionamentos para se cruzar a GO-020, devido ao desrespeito à sinalização.

Clamo à autoridade competente um estudo para avaliar a possibilidade de instalar redutores de velocidades ao longo da GO-020.

Vale acrescentar que em dias de corridas no autódromo, passar pelo local é um verdadeiro teste de paciência. Durante todo o dia, e não só nos horários de pico, perde-se muito tempo para cruzar a rodovia, seja no sentido Centro de Goiânia, seja com destino aos condomínios horizontais.

O fluxo de veículos é intenso nos dois sentidos, causando constantes acidentes no local, inclusive com mortes.

Vicente de Paula Pinto
Setor Sul - Goiânia


Charges

Se existe uma máxima que diz que há poder nas palavras, o que dizer então das charges? O cartunista João Luiz Brito de Oliveira sabe bem disso. Fica muito confortável para o humorista criador do Katteca trazer uma história e, de certa forma, isso se espalhar como verdade no inconsciente dos leitores do POPULAR. Mostrou isso com bastante clareza na sua “bola da vez”: o agente de trânsito de Goiânia. O que trouxe na sua charge foi desconhecimento total da profissão ou aquilo que reputo como pior, a vontade de macular a imagem de uma categoria. A irreverência não pode ser confundida com irresponsabilidade. Aconselho-o a não pensar somente nos leitores que se divertem, mas nas pessoas que atinge injustamente.

Clayton de Oliveira Ferreira
Agente de trânsito de Goiânia


Nenhum comentário:

Postar um comentário