Editorial
Apagão logístico
A desoladora situação de boa parte das rodovias de Goiás, inclusive e principalmente muitas das quais depende a movimentação do que se produz no campo, além do desconforto e dos riscos de acidentes, coloca a economia do Estado diante de um verdadeiro apagão logístico.
Em consequência do estado precário dessas rodovias, começou já a ocorrer um retrocesso: como acontecia no passado, antes dos avanços da agroindústria em Goiás, parte da matéria-prima deixa de ser beneficiada no Estado, incluindo neste caso um considerável volume da soja.
Por decorrência da precariedade de muitas rodovias, o frete encarece, o que prejudica a produção agropecuária goiana em termos de competitividade. Metade dessa produção, por exemplo, é exportada via Porto de Santos. Os exportadores goianos respondem pela terceira maior quantidade de produtos que chegam a esse porto. O de Tubarão, no Espírito Santo, embarca para o exterior outro volume considerável da produção goiana, assim como também o de Paranaguá, no Paraná. E tudo tem de começar a ser movimentado a partir de estradas em péssimas condições.
Passa da hora de uma grande reação, da tomada de medidas e providências que venham a corrigir a situação caótica dessas rodovias. É imperdoável a omissão que concorre para essa circunstância tão danosa à economia e, por extensão, ao bem-estar do povo goiano.
O apagão logístico tem de ser enfrentado com coragem e muita urgência.
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