quarta-feira, 28 de abril de 2010

Marconi: a mentira está do outro lado!



POLÍTICA E JUSTIÇA


Marconi reforça críticas a Alcides

O senador Marconi Perillo (PSDB) não poupou o governador Alcides Rodrigues (PP) de críticas administrativas e políticas ontem. Durante os eventos em que participou ao longo do dia e por meio do Twitter pessoal, o tucano ainda aproveitou para rebater críticas do pepista feitas pela manhã, durante assinatura de convênio com a Prefeitura de Anápolis no Centro Administrativo Pedro Ludovico Teixeira.

"O governador afirmou em entrevista que não faz dívidas para sucessor pagar. Ele mais uma vez está sendo dissimulado. A situação do Estado é muito ruim e tenta esconder isso da sociedade. Ele já fez dívidas - e muitas", afirmou, via Twitter. Pela manhã, Alcides garantiu que entregaria o governo ao seu sucessor sem dívidas de restos a pagar.

Marconi, por sua vez, enumerou pastas em que o governo estadual estaria com débitos elevados, como o Ipasgo e a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). "A crise na Agetop é grave em relação às faturas das empresas, que não recebem há meses e entraram em desespero. A dívida é enorme. Repito que a Agetop não tem dinheiro nem para comprar papel higiênico", contou. "A dívida com prestadores de serviço do Ipasgo também é muito alta", emendou.

Também criticou a Saúde, a Celg e infraestrutura. "Fornecedores da Saúde também têm uma alta dívida para receber do Estado. O atual governo aumentou a dívida da Celg, através de empréstimos bancários, em mais de R$ 2,5 bilhões. Há sérios problemas em toda a estrutura do governo estadual. A situação é de caos administrativo".

Ele ainda reafirmou a situação de abandono do Centro Olímpico da Avenida Paranaíba, em Goiânia. "Em relação ao Centro Olímpico, reafirmo que o governo não tem competência sequer para recomeçar a obra. R$ 11 milhões estão no caixa do Estado. A Justiça concedeu liminar autorizando o reinício da obra - e nada."

O desabafo de Marconi também chegou à política. Ele negou que tenha pressionado os prefeitos pepistas para aderirem à sua pré-candidatura ao governo do Estado. "O principal defeito é a traição, e os prefeitos do PP que estão se aproximando estão sendo gratos, pois os ajudei muito no governo".

Disse ainda que a perseguição ocorre do lado do PP. "Sobre a perseguição política, que ele (Alcides) negou, afirmo com convicção: nunca houve, como agora, tanta vindita (castigo) e ódio em Goiás. Companheiros que trabalharam arduamente para a eleição do atual governo são demitidos e perseguidos em todo o Estado."

Marconi falou até em nazismo para criticar o governo. "Essa é a verdade, que eles tentam esconder da sociedade a todo custo com propaganda enganosa e técnicas nazistas de repetição de mentiras. E tudo com interesses eleitoreiros. Mas, como disse o poeta Mário Quintana, 'eles passarão'". Por fim, lembrou da campanha de 2006, quando se licenciou do governo e entregou o Palácio das Esmeraldas para Alcides disputar reeleição. "Naquela época o Alcides dizia que eu era um grande benfeitor. Mas ninguém atira pedras em árvores que não dão frutos".

DEM

Ao longo do dia, durante entrevistas, Marconi foi indagado sobre a possível aliança com o DEM. Disse que tem relação respeitosa com partido e admira o deputado federal Ronaldo Caiado e o senador Demóstenes Torres, ambos do DEM. "Caiado tem vida parlamentar respeitável e vida pessoal muito séria. Demóstenes é colega valoroso no Senado e o admiro muito."

Sobre a possibilidade de ainda aliar-se ao PP - o PSDB poderia até deixar o vice para que o partido indicasse o candidato, como o deputado federal Roberto Balestra -, o tucano lembrou que na "vida só é impossível reverter a morte".

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