
Editorial
Médico e paciente
Um dos pontos fortes do novo Código de Ética da medicina brasileira, que começou a vigorar nesta semana, é o fortalecimento dos direitos do paciente, como o de receber informações claras sobre diagnósticos e efeitos de tratamentos e medicamentos. Também se levou em conta a necessidade de se outorgar ao paciente maior autonomia na sua relação com o médico.
Outro ponto importante é a exigência de que as receitas sejam escritas de forma clara, perfeitamente compreensível pelo paciente.
A medicina foi contemplada nos últimos anos com alguns avanços significativos, principalmente quanto à evolução tecnológica dos recursos à sua disposição. Os medicamentos colocados à disposição dos profissionais médicos também acrescentaram maior eficiência, o que resultou em maior chance de cura ou prolongamento da sobrevida.
Código de Ética não pode se limitar a um teórico compromisso dos profissionais médicos com o conjunto de normas estabelecidas. É fundamental que a relação com os pacientes seja permanentemente nutrida pelos sentimentos do humanismo e que o médico se sinta como alguém a serviço do próximo.
As autoridades devem se preocupar, é claro, com as boas condições de trabalho dos médicos, inclusive quanto à dignidade salarial. Havendo esta preocupação, essas autoridades podem ser mais exigentes quanto à contrapartida do profissional médico em face de todos os deveres inerentes ao devotamento à causa de assistência aos pacientes.
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