segunda-feira, 26 de abril de 2010







Editorial

Preço do álcool

Em relação ao que estava sendo cobrado há cerca de apenas 20 dias, o custo do litro do álcool combustível nos postos subiu mais de 17%, o que não faz sentido, pois a elevação ocorre em meio à safra, quando a oferta maior determina queda na cotação do produto.

São também desencontradas as declarações de representantes dos segmentos envolvidos, da produção ao nível do consumidor. São declarações que acabam não explicando a razão verdadeira para o aumento injustificado.

Para a economia de Goiás, o aumento do consumo do etanol é de substancial interesse. Também é bom sob o aspecto social, considerando-se que a cadeia sucroalcooleira é apreciável geradora de empregos. Mas a elevação irracional de preços não é interessante, pois leva o produto a perder competitividade em relação aos combustíveis derivados do petróleo.

No nível do consumidor, preços elevados do etanol acabariam por compelir a uma opção por gasolina, em um primeiro instante, no caso dos proprietários dos veículos tipo flex e, em um segundo momento, para a troca mesmo por carro movido a gasolina.

Para a rede de revenda, também não é conveniente uma situação de preços altos de álcool combustível, pois os consumidores começariam a economizar, usando menos os seus veículos.

Vê-se, portanto, que, passada a ilusão passageira de mais lucro, todos perdem um pouco. Que, portanto, sejam mantidas margens razoáveis de lucro, que garantam mercado ao produto.

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