Editorial
Direitos do usuário
A paralisação do transporte coletivo ocorrida na segunda-feira, ao arrepio da lei, segundo a Justiça, deixou a cidade sob caos durante a maior parte do dia e, também, uma espécie de advertência para as vulnerabilidades do sistema. As quais precisam ser removidas com urgência, como obrigação em face dos direitos do usuário, a causa que tem de prevalecer acima de tudo mais.
A paralisação deixou mais de 400 mil usuários sem transporte e provocou grande tumulto no trânsito, pois todos que podiam, tiraram seus veículos da garagem. Boa parte desses veículos são antigos, muitos até sem condições ao menos razoáveis de circulação.
A realidade exige que as autoridades repensem a questão do transporte de massa de Goiânia e a coloquem sob um enfoque moderno, fortalecendo também a qualidade do serviço prestado.
Os deflagradores da paralisação de segunda-feira não respeitaram a lei, mas isto não quer dizer que não possam reivindicar melhorias. O sistema tem de repensar também a capacitação dos recursos humanos a serviço do transporte, de modo que os canais de diálogo estejam sempre abertos para entendimentos que diminuam o risco de greves.
Goiânia já teve sistema de transporte coletivo bem melhor. Chegou mesmo a servir de referência. Como isto foi possível, dependendo de disposição e empenho, pode-se levantar a qualidade que hoje está negativa. E se trata de uma tarefa a ser conduzida com substancial urgência. Os direitos do usuário precisam ser definitivamente respeitados.
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