SUCESSÃO
Marconi: “Os adversários acharam que iam nos isolar, mas rompemos essa barreira”
Marconi defende Balestra como vice
No dia em que recebeu apoio do PSL, Tucano afirmou que aliança com o PP é “o caminho natural”
Fabiana Pulcineli
O senador Marconi Perillo, pré-candidato do PSDB ao governo, criticou ontem a “forte tentativa” de isolamento contra seu partido nas eleições e disse que é “injustificável” para as bases do PP o rompimento do chamado tempo novo. Ao comentar levantamento feito pelo POPULAR junto a prefeitos do PP – que aponta que a maioria defende aliança com o PSDB –, o senador disse que é “o caminho natural”.
O tucano afirmou que gostaria muito que o deputado federal Roberto Balestra (PP) fosse candidato a vice em sua chapa, como propõe o grupo dissidente de prefeitos do PP. “Eu disse outro dia que, se Deus pudesse me ouvir, eu pediria que colaborasse para que o Balestra estivesse na vice comigo. Agora, ele está em um partido em que parte da cúpula apoia uma outra pré-candidatura e é preciso respeitar. Vou continuar dizendo que seria uma satisfação enorme se pudesse tê-lo na chapa”.
As declarações foram feitas em evento de apoio do nanico PSL à pré-candidatura de Marconi, no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa. O senador diz tratar-se do oitavo partido da coligação. Ele contabiliza a aliança PSDB, PTB, PPS, PMN, PT do B, PRB e PTC. “Nunca estive tão animado com os apoios. Os adversários acharam que iam nos isolar, mas rompemos essa barreira e, aos poucos, nossa coligação vai se encorpando”, disse em discurso.
Marconi afirma que a polarização entre o tempo novo e o PMDB no interior é mais forte, sugerindo que não há espaço para outras candidaturas. “Esse é o curso natural desse rio da aliança do chamado tempo novo. A base mesmo, as pessoas que estão no interior, nos bairros de Goiânia, os militantes históricos do PP, sempre tiveram identidade muito forte comigo e com nossa tradicional aliança”, disse.
O senador lembrou das campanhas conjuntas: “Subi nos palanques deles, defendi candidaturas, ao longo de muitos anos. Já estamos militando juntos há 20 anos. Nas cidades do interior existem dois lados na política: um do PMDB e outro nosso. Então seria injustificável para a grande maioria ter um outro tipo de postura que não esse”.
Diálogo
No tradicional estilo de evitar polêmica, o deputado Roberto Balestra disse ontem que não tem disposição de se candidatar a vice, mas também não vai pedir aos prefeitos que desistam da proposta de seu nome para a chapa. “Estou aqui no meu canto. Tomei conhecimento disso pela imprensa. Se alguém me procurar, vou dizer que sou candidato a deputado federal novamente. Eu nunca participei desse movimento (de dissidência no PP).”
Apesar do discurso pacifista, sabe-se que Balestra é uma das principais vozes do PP em defesa da manutenção da aliança com o PSDB. O deputado voltou a defender diálogo no partido. Segundo ele, a cúpula já começou a buscar contato com as bases. O presidente do PP, Sérgio Caiado, intensificou na semana passada encontros regionais do partido.
“Será necessário muito desprendimento e humildade dos dois lados (PP e PSDB) para se resolver essa questão”, pregou o pepista.
DEM
Em relação às conversas com o DEM, Marconi disse que o “clima é hoje muito amistoso e respeitoso”. “Há um desejo muito forte das bases dos dois partidos de que esse casamento dê certo aqui em Goiás também”, disse.
As especulações são de que o presidenciável José Serra virá a Goiânia esta semana para buscar a união PSDB-DEM no Estado. Marconi disse que Serra virá conhecer projetos implantados em sua gestão e fazer visitas a veículos de comunicação. Inicialmente, a visita está prevista para quinta-feira, mas o senador disse ter pedido à coordenação da pré-campanha do tucano que consulte o deputado federal Ronaldo Caiado, presidente do DEM estadual, para definir a melhor data.
Tucano diz que plano para setor de tecnologia será o “diferencial”
Fabiana Pulcineli
O primeiro conjunto de propostas de governo a ser anunciado pelo senador Marconi Perillo (PSDB) é no setor de tecnologia da informação. Segundo ele, o seu plano de governo para a área será o “diferencial da campanha”. Ele adiantou que o plano será dividido e que as propostas serão divulgadas aos poucos, divididas por setor. “No próximo mês já devemos divulgar as ideias para esta área, que tem tudo a ver com o futuro, com modernidade”, disse.
Em encontro promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Similares de Goiás (Sindinformática) e pela Comunidade Tecnológica de Goiás (Conteg), Marconi buscou sugestões para o plano e chegou a prometer que os empresários indicarão nomes para compor órgãos do governo relacionados ao setor.
O discurso de inovação é resultado de pesquisas qualitativas realizadas pelo PSDB que apontam a necessidade de apresentação de novas propostas por parte do senador, que já governou o Estado por dois mandatos. “Vamos inovar em muita coisa. Ninguém pode duvidar da nossa capacidade de sermos criativos. Vamos propor um choque radical de gestão nas áreas de segurança, saúde e educação, e vamos dar ênfase absoluta, prioridade absoluta à tecnologia da informação”, disse em discurso no evento de apoio do PSL, na Assembleia.
Marconi alfinetou também a gestão do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), pré-candidato ao governo. “Goiânia foi capital da dengue, tem um trânsito caótico e um transporte que humilha as pessoas.” (F.P.)
Lúcia Vânia recebe apoio de 70 prefeitos
Fabiana Pulcineli
Cerca de 70 prefeitos se reuniram ontem no Hotel Papillon em Goiânia para declarar apoio à pré-candidatura da senadora Lúcia Vânia (PSDB) à reeleição. Em segundo lugar na pesquisa Serpes/O POPULAR divulgada na semana passada, a tucana prometeu continuar o trabalho municipalista no Senado e comemorou o fato de o evento contar com a presença de prefeitos de vários partidos.
O PSDB ainda não garantiu uma das duas vagas ao Senado para a reeleição da senadora. A cúpula do partido chegou a incentivar que o espaço na chapa majoritária fosse dado ao PTB e ao DEM, com o senador Demóstenes Torres.
O senador Marconi Perillo, pré-candidato ao governo pelo PSDB, não esteve presente no evento pró-Lúcia, mas disse ontem que foi ele que sugeriu a realização do ato aos prefeitos. “Fiz um encontro com os prefeitos há alguns dias para ouvi-los sobre minha pré-candidatura e, por unanimidade, me apoiaram. E eu sugeri que fizessem o mesmo para a Lúcia Vânia, que é senadora tanto quanto eu. Aí um grupo de prefeitos a convidou e manifestou apoio a ela. Acho que é por aí mesmo. As coisas têm de acontecer naturalmente. Os movimentos têm de vir de baixo para cima”, disse.
O evento teve a presença dos deputados federal João Campos e estaduais Daniel Goulart e Samuel Almeida, além do vereador Anselmo Pereira – todos do PSDB. Segundo um dos organizadores, o prefeito de Nova Veneza, Luiz Antonio Stival, estiveram presentes prefeitos do PSDB, PP, PTB e até do PMDB – de Piranhas, Samuel Santos Rodrigues. Todos os prefeitos discursaram elogiando a atuação da tucana em busca de ajuda aos municípios.
A senadora fez discurso de unidade da base e destacou que trabalha em favor de todos os prefeitos, não apenas dos aliados. “A minha marca é o trabalho e minha bandeira, o municipalismo”, disse a senadora. “É nessas horas que descobrimos os verdadeiros amigos e companheiros de jornada”, afirmou a tucana no Twitter, após o evento. (Fabiana Pulcineli)
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