segunda-feira, 19 de abril de 2010

Marconi: bases unidas!







SUCESSÃO


Grupo pró-PSDB prepara lançamento de Balestra
Prefeitos favoráveis à manutenção de aliança prometem manifesto pela indicação de deputado pepista para vice da chapa de Marconi

Fabiana Pulcineli

O grupo pró-Marconi Perillo do PP promete para a próxima semana a divulgação de documento com a proposta de que o partido indique o candidato a vice da chapa do tucano. O nome sugerido é do deputado federal Roberto Balestra, ex-secretário de Articulação Política do governo.

Um do articuladores do grupo, Ricardo de Pina Cabral, prefeito de Piracanjuba, diz que começará a organizar hoje uma reunião para a próxima semana em Goiânia com a participação de todos os prefeitos que defendem a aliança com o PSDB.

Neste encontro, o grupo pretende elaborar o documento, que será entregue ao presidente do PP estadual, Sérgio Caiado. A ideia de propor Balestra na vice surgiu logo depois de encontro com o senador, no dia 30 de abril, em Brasília, mas era considerada uma provocação do grupo.

Balestra, que sempre defendeu a manutenção da aliança PP-PSDB, disse na semana passada que o partido ainda não tem posição definida, embora o governador Alcides Rodrigues (PP) tenha manifestado apoio ao pré-candidato do PR, Vanderlan Cardoso, em evento no dia 29 de abril. O deputado voltou a defender o diálogo no partido e que a decisão considere a opinião da maioria das lideranças.

Na semana passada, houve uma nova reunião com Marconi articulada por Ricardo Pina com quatro prefeitos que não haviam participado do primeiro encontro. “Hoje contamos com o apoio de 35 prefeitos do partido. Vamos mostrar no manifesto que somos maioria e expor o que queremos”,afirma.

Embora os organizadores do grupo defendam o documento, parte dos prefeitos pró-Marconi considera improvável o recolhimento das assinaturas de todos por receio de que haja represálias. Há informações de que o governo cortou benefícios e convênios em municípios comandados por prefeitos que foram ao encontro com Marconi. Nenhum prefeito, no entanto, mostrou provas de que houve o corte dos programas.

Resistências

Vanderlan Cardoso tem dito que está buscando conversas com prefeitos do PP “que dão abertura”. Ele defende diálogo e apresentação dos projetos para a turma que resiste ao apoio a seu nome. “Eu me dou muito bem com a maioria dos prefeitos e vamos conversar. Da mesma forma que teve dissidentes do PP, do PR, há do PSDB, do PTB. Acho que as conversas estão boas e eu estou muito animado, especialmente pelas conversas que estou tendo entre os colegas prefeitos”, disse o republicano na semana passada.

Os prefeitos pró-Vanderlan também pedem o fim do racha interno aos colegas. “Precisamos ter companheirismo e fidelidade ao governador. A tradição mostra que quem sai atrás é vitorioso”, diz o prefeito de Iaciara, Quintino de Paula. (Fabiana Pulcineli)


SUCESSÃO


PP segue rachado após assédio tucano
LEVANTAMENTO MOSTRA QUE 8 PREFEITOS DOS 20 MAIORES MUNICÍPIOS SOB O COMANDO PEPISTA PREFEREM MARCONI

Fabiana Pulcineli

Vinte dias após o encontro de prefeitos do PP com o senador Marconi Perillo (PSDB), a cúpula do partido do governador Alcides Rodrigues não reagiu à dissidência e o racha é mantido na sigla. Levantamento feito pelo POPULAR mostra que, de 20 prefeitos das maiores cidades comandadas pelo PP, 8 defendem abertamente a aliança com Marconi, enquanto 6 pregam fidelidade ao governador e, portanto, apoio ao ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PR).

Os prefeitos que declararam apoio ao senador tucano comandam cidades que somam quase 221,9 mil eleitores. Já o grupo pró-Vanderlan soma 135,7 mil. Cinco prefeitos não quiseram opinar ou afirmam não ter opinião definida sobre a disputa.

O PP tem 49 prefeitos, dos quais 29 declararam apoio ao senador em encontro na residência do senador em Brasília, no dia 30 de abril. Enquanto o comando do PP não reage, grupo que articula pró-Marconi comemora a adesão de novos prefeitos – fala-se em total de 35 prefeitos. Os marconistas preparam nova reunião para declarar oficialmente o apoio ao PSDB.

De outro lado, a cúpula do PP minimiza a importância da ala dissidente, não buscou contato com os prefeitos rebeldes e insiste que a maioria das lideranças ficará com Vanderlan. O presidente do PP estadual, Sérgio Cardoso, começou a promover encontros regionais, mas disse que não tem planos de reunir os prefeitos dissidentes.

Por parte do governador, também não houve medidas para conter as articulações do grupo pró-Marconi. Alcides deu entrevista no dia 9 afirmando que as eleições estão longe e que tem certeza do apoio da maioria das lideranças à posição do partido. Lideranças do partido garantiram que os prefeitos seriam chamados para conversa com o governador, mas nenhum deles foi procurado pelo Palácio ou pelo PP.

O governador intensificou contatos com prefeitos aliados nas últimas semanas, mas não fez um trabalho específico com as lideranças de seu partido. Na quinta-feira, Alcides anunciou a nomeação do ex-prefeito de Acreúna Eurípedes Pankão (PP) para a Secretaria Extraordinária de Articulação Política, o que foi interpretado como uma iniciativa para buscar acalmar os ânimos no partido. O novo secretário ainda não iniciou articulações com as lideranças.

A reportagem ouviu também prefeitos dos menores municípios e constatou que uma pequena maioria prefere aliança com o PSDB.

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