sexta-feira, 23 de abril de 2010

Marconi e Anápolis

O jornal de Anápolis

OPINIÃO




Marconi Perillo

Contribuições ao desenvolvimento de Goiás

Vejo que Anápolis dá uma contribuição importante para Goiás. Isso ficou claro durante o Seminário de Desenvolvimento, realizado pela Rádio Manchester, Acia e Facieg. Conseguimos avançar muito no nosso crescimento nos últimos anos. Nosso PIB se multiplicou por mais de três vezes, foram gerados mais de 500 mil empregos líquidos neste período, o volume das nossas exportações multiplicou-se por quinze de 1999 para cá. Nossa economia se dinamizou muito, conseguimos imprimir maior competitividade na nossa produção, agregar valores na nossa matéria prima, definir alguns pólos de desenvolvimento importante para nós para a geração de empregos e distribuição de riquezas.

O pólo metal-mecânico, em Anápolis e Catalão, são hoje realidade com a Hyundai e a Mitsubishi. O pólo farmacêutico em Anápolis e Goiânia é uma realidade, e acho que esta área vai colaborar ainda mais para o desenvolvimento do nosso estado. O Grupo Hypermarcas é um exemplo a partir da fusão com a Neo Química, trazendo para a nossa região um gigante nesta área de medicamentos.

Temos algumas áreas fortes na área de mineração e na expansão mineral. O que precisamos para atender as demandas novas que este desenvolvimento requer? Precisamos de infra-estrutura adequada. A infra-estrutura melhorou muito no Brasil nos últimos anos. O que seria de nós se, há 15 anos, não tivéssemos criado os marcos regulatórios, as agências reguladoras, se não tivéssemos modificado a Constituição permitindo a flexibilização de monopólios? O Brasil estaria ainda muito atrasado.

Devemos um pouco ao governo Collor a abertura da nossa economia. Éramos muito atrasados. Depois o Governo Fernando Henrique, com essas inovações todas e a coragem de mudar o conceito de capital estrangeiro, além da flexibilização dos monopólios, foi preponderante para que chegássemos aonde chegamos. Imagine se no Brasil não tivesse ocorrido corajosamente a implantação do Plano Real, o fim da inflação, o Proer que evitou que os bancos quebrassem principalmente nesta última crise agora. Imagine se não tivéssemos a Lei de Responsabilidade Fiscal. Enfim, um conjunto de fatores e novas conjunturas que mudaram o Brasil.

Em Goiás, quando criamos o Produzir, diante à necessidade de avançar o Fomentar, ampliá-lo dentro da perspectiva da estabilidade econômica. Muitas vezes o governo foi criticado por conta do Produzir. A conta que fazíamos, apesar de abrimos mão de parte de nossa receita era simples: é muito melhor você ter uma receita de 30 por cento em relação a 100, do que ter uma receita de 100 por cento em relação a zero. Tínhamos em Anápolis, antes da Hyundai, uma receita de 100 por cento de zero, porque não existia a Hyundai. Com a Hyundai passamos a ter uma receita.

O Aeroporto de Cargas de Anápolis é uma necessidade, tem o comprometimento de todos nós. Fui pessoalmente, duas ou três vezes ao Tribunal de Contas do Estado para ajudar a desatar o nó que havia. Falei com a Câmara de Anápolis, com a Acia, com o prefeito, tive o maior interesse em colaborar porque efetivamente, para a gente ter aqui um nó logístico importante é preciso funcionar para valer a Plataforma Logística, ocupá-la. Estou muito animado com o futuro do país e de Goiás e, especialmente, de Anápolis.


Marconi Perillo é senador da República pelo PSDB-GO

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