segunda-feira, 26 de julho de 2010

BASTIDORES





Traquejo

Para evitar qualquer tipo de ciumeira no palanque, o senador Marconi Perillo (PSDB) pegou o jeito certo de pedir votos aos senadores que tentam a reeleição em sua chapa. Sem medo da redundância, Marconi sempre diz:?“Para senador, votem em Lúcia Vânia e Demóstenes. Em Demóstenes e Lúcia Vânia”. É que o eleitor votará duas vezes para o Senado e nenhum dos dois postulantes quer ser a segunda opção na hora da urna.


Destino do Tribunal de Contas do Estado será definido antes da eleição

Seja qual for o resultado das eleições de outubro, o Tribunal de Contas do Estado será um importante campo de interesse da sociedade a partir de 2011. Boa parte do debate eleitoral será uma continuidade do conflito entre governistas e marconistas em torno da situação financeira do Estado. E a discussão tende a se esticar no TCE, no ano que vem, já com um novo governo instalado no Palácio das Esmeraldas.

Por isso, o meio político está de olho no que acontece no tribunal, com alguns operadores intrigados com uma recente mudança em sua lei orgânica. No início de março, os conselheiros editaram a lei 16.925, alterando a data da eleição para a presidência da Casa. Em vez de acontecer na primeira sessão ordinária de dezembro deste ano (antigo regimento), a escolha do comando do TCE será na terceira sessão de setembro, ou seja, na quinta-feira, 16. A antecipação de cerca de três meses parece inexpressiva, mas pode ter desdobramentos políticos importantes.

O primeiro aspecto é o fato de que a eleição do presidente contará necessariamente com o conselheiro Naphtali Alves. Se a data do pleito fosse mantida em dezembro, ele não poderia votar porque já estaria fora do tribunal. Sua aposentadoria compulsória acontece no dia 3 de novembro. Uma segunda curiosidade é apontada por uma fonte do TCE: até dezembro, o atual presidente, Gérson Bulhões Ferreira, pode perder o cargo, caso o Supremo Tribunal Federal considere irregular o processo que permitiu a reversibilidade de sua aposentadoria.

Seriam dois votos diferentes na eleição da casa, da qual participam apenas sete eleitores, que escolhem o presidente, o vice-presidente e o corregedor-geral. Além de Naphtali e Bulhões, o TCE tem como conselheiros Edson Ferrari (vice-presidente), Sebastião Tejota (corregedor-geral), Carla Santillo, Carlos Leopoldo Dayrell e Milton Alves. A vaga de Naphtali é de indicação da Assembleia Legislativa. A de Gérson Bulhões, do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas.


Algo quebrou?

É indisfarçável mesmo entre inúmeros militantes: a campanha de Vanderlan Cardoso (PR) tem andado em ritmo muito abaixo do que se esperava. Para quem pena na última posição entre os grandes candidatos, a mais de 30 pontos atrás do segundo colocado, o candidato republicano está quase parado. No meio político, dá-se como causa trombadas entre os dirigentes. Algo não estaria funcionando bem internamente.

Ainda não

Os parlamentares da Assembleia Legislativa não foram convocados pelo governador Alcides Rodrigues para analisar o pedido de empréstimo de R$3,7 bilhões durante o recesso de julho. A razão é muito simples de ser entendida: as negociações com o governo federal ainda não passaram das propaladas boas intenções. Sem o protocolo federal, a aprovação pela Assembleia Legislativa não teria nenhum valor. Faltaria, no caso, o principal: o dinheiro.

Demóstenes ganha apelido de “senador ficha-limpa”

Na segunda-feira, 26, com a sanção do Estatuto da Igualdade Racial pelo presidente Lula da Silva, o senador Demóstenes Torres completa a impressionante cifra de 50 leis escritas por ele na Constituição, entre projetos de sua autoria ou relatados por ele. Nesse período de campanha pela reeleição, Demóstenes tem gostado do que ouve em suas andanças pelo interior, especialmente o feedback que recebe pelo bom desempenho no Senado. Na sexta-feira, cabos eleitorais de Aruanã deram-lhe o apelido de "senador ficha-limpa".

Sinuca de bico

O PMDB de Goiás precisa urgentemente conquistar mais eleitores na região do Entorno do DF, mas ainda não sabe qual é a melhor estratégia. Em tese, bastaria caminhar ao lado da candidatura ao governo do GDF de Agnelo Queiroz, do aliado PT, mas existe a velha relação pessoal entre Iris Rezende e o ex-governador Joaquim Roriz. Os peemedebistas vão precisar definir um lado e a decisão está passando da hora de acontecer.

Berlinda

Liderança qualitativa na política de Goiás, o ex-deputado federal Vilmar Rocha, DEM, que só não foi eleito em 2006 por causa do quociente eleitoral, trabalha para voltar à Câmara dos Deputados. Como este ano o seu partido se aliou num chapão com PSDB e PTB, não deverá faltar quociente. O problema, então, é encontrar no mínimo os mesmos 75 mil eleitores que votaram nele nas eleições anteriores. Daí pra cima. Muitos analistas avaliam que Vilmar está dentro da próxima legislatura.

Daniel Antônio

Pioneiro em Goiânia, o aposentado Geraldo de Oliveira morreu na madrugada de terça-feira, 19. Ele era o pai do ex-prefeito Daniel Antônio, um dos políticos mais controvertidos que a Capital já teve. Geraldo de Oliveira completara 98 anos há poucos dias e tinha boa saúde, mas sofreu um mal súbito. Daniel Antônio é atualmente advogado e empresário.


Presidentes

No PSDB, duas grandes apostas para a futura bancada estadual na Assembleia Legislativa: Jardel Sebba, de Catalão, e Helder Valin, de Goiânia. O ponto em comum entre os dois tucanos é a presidência da Assembleia. Parceiros, Jardel foi presidente entre 2007 e 2008 e não quis assumir um segundo mandato.

Valin herdou o cargo no ano passado.


Lúcia Vânia prestigia Vergílio

Em reunião de apresentação do PMN Mulher Goiás, realizada no auditório da Acieg, na quinta-feira, 22, a senadora Lúcia Vânia (PSDB) confirmou o cacife do candidato a deputado federal Armando Vergílio. Segundo ela, ele deverá ser um dos mais votados do Estado para a Câmara dos Deputados. A presença maciça de público no evento foi outro ponto que evidenciou o prestígio de Armando. Com capacidade para 200 pessoas, o auditório ficou lotado e o anexo precisou contar com telões, pois mais de 500 mulheres compareceram à reunião.

Fim da lua de mel entre os poderes

A fase de eterna lua de mel entre o Palácio das Esmeraldas e a Assembleia Legislativa parece ter chegado ao fim. No meio da semana, o governador Alcides Rodrigues contestou o andamento da CPI do Endividamento perguntando quem havia contratado a assessoria da Fipe, a renomada fundação ligada à USP. O presidente da Assembleia, Helder Valin, não apenas assumiu a paternidade da contratação como lembrou que o Estado também tem a Fipe como prestadora de serviço na área da Secretaria da Fazenda. Ou seja, exatamente de onde surgiu a versão do déficit de R$100 milhões mensais.

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Se der Marconi Perillo na disputa deste ano, a situação do prefeito mudaria completamente. A começar pela instabilidade interna da aliança PMDB/PT.

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Difícil saber de onde partiu, mas corre à boca miúda que a situação financeira do governo é bastante complicada.

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Já se fala que após as eleições até os salários dos servidores públicos poderão novamente ser pagos com atraso.

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As autoridades financeiras do governo não falaram nada sobre isso nos últimos meses. Pode ser então que tudo não passe de fofoca de campanha eleitoral. É sempre assim.

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A população costuma dizer que agosto é o mês do “cachorro doido”.

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Pode até não ser, mas alguns prefeitos estão começando a perder a paciência com a falta de repasses dos convênios estaduais prometidos e não cumpridos.

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Há quem garanta que vários prefeitos deram ultimato ao governo: ou o dinheiro dos convênios chega em agosto ou eles irão romper com a candidatura oficial.

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Não chega a comprometer, mas teve militante do PSDB reclamando da foto oficial da campanha de Marconi Perillo.

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A imagem ficou um tanto distorcida e chapada. Detalhes que não passam batido entre os politicamente apaixonados.

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As contas interessam mais para os pequenos partidos e coligações proporcionais.

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O quociente eleitoral de deputado estadual deve girar este ano em torno de 75 mil votos, levando-se em conta o eleitorado na faixa de 4 milhões de eleitores aptos e abstenção histórica de 20%. Para alguns partidos é muita coisa.

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Apesar dos comandos adversários entenderem que a campanha de Marconi Perillo está a todo vapor, a ordem interna é pra acelerar as ações em todas as áreas a partir de agora.

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O objetivo inicial é manter a frente nas pesquisas com alguma folga. Se for além da meta, fecha as eleições já no primeiro turno.

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Ninguém admite abertamente, mas há uma segunda disputa entre os esperados bons de voto para a Câmara dos Deputados: saber quem terá a maior votação nas eleições deste ano.

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Nas duas últimas eleições, 2002 e 2006, os campeões foram Henrique Meirelles, então no PSDB, e Iris de Araújo, PMDB.

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Este ano, concorrem ao posto de mais bem votado Ronaldo Caiado, DEM, Leonardo Vilela, PSDB, Roberto Balestra, PP, Sandro Mabel, PR, e novamente Iris de Araújo, que pode ser a bicampeã. É coisa pra mais de 200 mil votos.

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Setores palacianos continuam incomodados com a presença de alguns tucanos no governo.

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Eles cobram demissões imediatas e pronta substituição por aliados da campanha de Vanderlan Cardoso, especialmente os filiados do PP.

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O problema é que ninguém tem coragem de levar o assunto dessa forma ao governador Alcides Rodrigues.

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Há oito anos, nas eleições de 2002, a disputa pelo Senado começou concentrada em dois candidatos, Iris Rezende e Lúcia Vânia, um em cada grande chapa.

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No início daquela campanha, Mauro Miranda e Demóstenes Torres eram os azarões nas respectivas chapas.

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O tempo passou e agora Demóstenes e Lúcia começam na frente dos adversários.

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Até aqui, os concorrentes mais fortes dos dois são Pedro Wilson e Adib Elias.

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Paulo Roberto Cunha, o terceiro grande nome ao Senado este ano, da chapa de Vanderlan Cardoso, ainda não fez grandes movimentações. Até agora, PRC faz apenas número.

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Além dos deputados estaduais que se candidataram a outros cargos, como deputado federal e vice, é forte o comentário nos corredores da Assembleia Legislativa sobre a renovação das cadeiras neste ano. O índice promete ser mais elevado que o de costume.

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Com dificuldades, inclusive em relação à nova legislação sobre a Ficha Limpa, alguns deputados estaduais nem tentarão a reeleição.

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Candidato a governador da coligação Goiás pra você e não pra eles, Washington Fraga (PSOL), realiza na quarta-feira, 28, às 9 horas, na Avenida 24 de Outubro, a sua primeira caminhada.

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Um candidato a deputado federal tinha acabado de sair de uma reunião com o governadoriável de seu partido para reclamar do assédio de outros postulantes às suas bases e ficou ainda mais bravo.

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É que ele deu de cara com o seu pessoal de Santa Helena, que estava lá justamente para negociar a mudança de candidato.

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