sexta-feira, 30 de julho de 2010

José Eliton: um vice que soma!





Política & Justiça

“População não deseja mais discutir passado”
Candidato a vice-governador na chapa de Marconi Perillo (PSDB) afirma que Alcides “se perdeu no tempo” e que Estado tem demandas urgentes

Alexandre Bittencourt

A coordenação da campanha de Marconi Perillo (PSDB) a governador tem motivos de sobra para comemorar. A indicação do advogado José Eliton Figueiredo Júnior para a vaga de candidato a vice, que antes era motivo de preocupação, foi a mais grata surpresa que o front tucano poderia receber. Debutante em eleições, Eliton está tirando de letra a missão de acompanhar Marconi em carreatas e passeatas Goiás afora. Mais do que isso: agregou valor e novas ideias ao grupo político. Em entrevista concedida ontem ao programa Falando Francamente, da Rádio Mil, José Eliton fala de seu primeiro mês de campanha como candidato, do contato inicial com o eleitor e do flagrante desejo do goiano de debater propostas para o futuro do Estado, sem olhar para o retrovisor. Eliton fala também da crescente importância das mídias sociais na internet, sua participação no Twitter e avalia perspectivas futuras para Goiás. Na sua opinião, o governador Alcides Rodrigues (PP) “se perdeu no tempo”, e Marconi recolocará o Estado nos trilhos do desenvolvimento. Veja os melhores trechos da entrevista.

O senhor nunca havia participado de uma campanha como candidato. Como tem sido esta experiência?

José Eliton Júnior - Estou muito feliz, porque representa a oportunidade de ouvir os cidadãos de Goiás, suas expectativas, anseios e esperanças. Isso nos enche de alegria e conhecimento. Estamos ouvindo os cidadãos goianos e preparando um plano de governo que vai melhorar a vida de todos.

Na sua opinião, a campanha da coligação Goiás quer Mais está no rumo certo?

José Eliton Júnior - Tenho absoluta convicção disso. Nesse primeiro mês de campanha desenvolvemos um trabalho intensivo em todo o Estado. Fizemos a nossa mensagem e propostas chegar aos goianos de modo que pudessem assimilar as ideias e optar pela melhor candidatura que, tenho certeza, é da coligação ‘Goiás quer Mais’.

O presidente do seu partido, deputado Ronaldo Caiado, disse aqui que fará campanha solo. O DEM se esforçará para integrá-lo à campanha de Marconi nas próximas semanas?

José Eliton Júnior - Essa questão do deputado Ronaldo Caiado é uma questão de foro íntimo, que deve ser respeitada. Ele expôs com muita clareza a sua postura durante a convenção. Trata-se de uma decisão que diz respeito apenas a ele, e não cabe a ninguém intervir nessa matéria de natureza subjetiva. Quanto à instância partidária, o DEM entendeu que a melhor aliança seria com o PSDB e aliados, por ter afinidade ideológica a nível nacional; por ter um candidato que representa os pensamentos do partido em Goiás, e por dar condições políticas amplas ao fortalecimento do partido em nosso Estado. De modo que o Ronaldo agiu como um excelente magistrado nesse processo de definição de candidatura. Ouviu todos os membros do partido. Reunimos o partido em várias ocasiões no Estado todo. E ele respeitou a decisão do partido. Dificilmente observamos um líder partidário com a força e pujança que tem Ronaldo Caiado deixar o partido opinar e respeitar sua opinião. Nesse sentido, mais uma vez ele demonstrou a grandeza do político que é, com a representatividade que ele tem no Brasil.


A ausência de Ronaldo Caiado na campanha leva algum dos 15 prefeitos do DEM em Goiás a ter uma posição mais austera em relação à coligação, ou todos eles estão participando e engajados na campanha?

José Eliton Júnior - Hoje a imensa maioria do partido está engajada por inteiro na campanha. Todos os prefeitos estão externando apoio ao PSDB. Algumas cidades têm uma realidade um pouco particular, mas estamos trabalhando no sentido de dirimir todas elas para que o partido como um todo esteja integrado em definitivo na campanha de Marconi Perillo.

Como é recepção ao seu nome?

José Eliton Júnior - Tenho observado que as pessoas estão me recebendo com muito carinho. Fizemos uma carreata na cidade de Posse, região norte, onde me criei, e a receptividade das pessoas, principalmente aquelas que me conhecem, é muito boa. Me sinto muito gratificado. E nas outras regiões do Estado... eu já tenho atuação partidária dentro do DEM que me dá, em algumas regiões, um certo conhecimento. Nas outras que não tive a oportunidade de ser conhecido estou me apresentando e até agora tenho tido a felicidade de ser muito bem recebido em todas as cidades de Goiás.

Havia outros nomes cotados para vice de Marconi. Por que José Eliton Júnior foi escolhido o vice de Marconi?

José Eliton Júnior - Porque foi uma escolha do partido. O partido, por unanimidade, optou por indicar minha candidatura a vice-governador de Goiás. Isso não tira a importância dos outros cotados, como Joel Sant’Anna, Vilmar Rocha, Heuler Cruvinel e Helio de Sousa. Mas o partido optou e essa decisão partidária foi respeitada.

O senhor tem usado muito o Twitter. E em uma de suas postagens, o senhor disse que Goiás voltará a crescer com Marconi. O que isso contém de crítica ao governo de Alcides Rodrigues?

José Eliton Júnior - Acho que o governador se perdeu no tempo. Ao voltar seus olhos para o passado, se esqueceu de olhar o futuro e a população não quer mais discutir o passado. Todos queremos crescer. Nesse sentido, penso que a eleição de Marconi representa para Goiás um avanço. Tem o melhor projeto de governo, vai implantar modernidade na administração pública. Todos seremos beneficiados.

Em quais aspectos Goiás precisa melhorar?

José Eliton Júnior - Diversos. Sempre digo que hoje o maior problema em Goiás e no Brasil é o consumo de drogas. Isto envolve todo o setor da administração pública, desde a segurança até saúde e educação. É um problema que precisa ser tratado de forma conjunta. Então precisamos avançar no combate a esta problemática nacional atuando com harmonia em diversos setores da administração pública. Nesse sentido espero e tenho convicção que faremos um governo para resgatar a autoestima e credibilidade do governo.

O senhor disse também no Twitter que tem anotado as principais sugestões dos internautas. Na sua opinião, o que a mídia eletrônica vai representar nessa eleição?

José Eliton Júnior - Uma oportunidade a mais de informação instantânea para o eleitor. As redes sociais hoje compreendem um novo veículo de comunicação. Temos as mídias tradicionais, mas a internet dá acesso instantâneo às informações. Um exemplo é que no site da campanha de Marconi tem a campanha em tempo real, isso facilita a observação das propostas do candidato e dá a possibilidade de fazerem sugestões e críticas aos candidatos, de modo que o conjunto da campanha se torna mais eficiente no sentido de passar à população a real identidade dos candidatos.

Desde quando o senhor conhece Marconi?

José Eliton Júnior - Já nos conhecíamos há muito tempo. Em 1998, participamos da candidatura dele ao governo na condição de coordenador da campanha na região Nordeste do Estado. Meu pai foi membro do governo Henrique Santillo (1986 a 1990). Quando eu era criança, em Posse, o conheci quando ele foi à cidade acompanhado do Santillo. E ao longo do tempo preservamos uma relação cordial. É bem verdade que, alguns anos depois, nossos caminhos se distanciaram. Eu trabalhei na campanha ao governo de Demóstenes Torres (DEM) contra o candidato apoiado por ele. De forma que, agora, presenciamos o reencontro dessas duas linhas políticas.

O candidato a vice de Serra, deputado Índio da Costa (DEM), ocupou espaço na mídia recentemente falando da vinculação do PT com às Farc. Depois fez a ligação do PT com o MST. Como vice do DEM, o senhor pretende demarcar espaço da mesma forma?

José Eliton Júnior - O DEM é um dos poucos partidos que renovaram seus quadros ao longo dos anos. No Congresso Nacional temos figuras como Paulo Bornhausen (SC), Rodrigo Maia (RJ), senador Agripino Maia (RN) e o senador Demóstenes Torres (DEM). Além, é claro, do Índio. Há muitos políticos jovens preparando o partido para o futuro. Nesse sentido, o Índio ocupa espaço na mídia com questões relevantes. O que ele disse é de conhecimento público e precisa ser respondido pelo PT. Eu penso que o debate deve ser franco e colocado de forma clara, todavia eu prefiro optar por um debate qualificado, em que nós possamos colocar todos os pensamentos do partido em contraponto a pensamentos diferenciados, é nesse sentido que pontuarei minha atuação.

Existe a ordem para dividir forças na campanha? O senhor coordena algumas frentes no interior enquanto Marconi vai para outro lado?

José Eliton Júnior - Sim. Uma parte dos compromissos nós cumpriremos em conjunto, outra parte separado. Anteontem eu estive em Araguapaz, Faina, Itapuranga e Itaguaru. Marconi cuidará de uma parte da campanha, eu cuido de outra e nós fazemos com que nossas propostas cheguem a todos.

O senhor já sabe quais são as maiores dificuldades de Goiás e quais propostas de Marconi visarão corrigir estes problemas?

José Eliton Júnior - Nos já temos as linhas mestras do nosso plano de governo. Uma delas é um projeto muito defendido pelo senador Demóstenes Torres e também pelo senador Marconi, que é a implantação efetiva da escola em tempo integral. Ela vai oportunizar às crianças acesso ao lazer, educação, cultura e alimentação. Marconi também já lançou o projeto Amigo, que tem a intenção de fornecer computadores a todos dos alunos da Rede Estadual de Ensino, garantindo a elas acesso a novas formas de comunicação, a internet, a mídia eletrônica. Investimentos da educação que serão prioritários no nosso plano de governo.

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