quarta-feira, 21 de julho de 2010

Serra: Presidente da Produção!





Política e Justiça
Serra se define "presidente da produção" a empresários

Por: Agencia Estado - Rubens Santos

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, derrubou um tabu de campanha, hoje, em sua visita a Goiânia. Mal disse boa-tarde e foi logo declarando, de maneira objetiva, o que pretende fazer caso eleito: 'Eu, presidente da República, vou ser o presidente da produção do Brasil'. A frase de Serra arrancou aplausos dos empresários de Goiás, que se reuniram hoje, na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). 'Esse é um aspecto fundamental, eu estou ligado nisso', disse o tucano. 'Eu nasci num bairro operário de São Paulo, me acostumei a conviver com operários, acostumei a ver riqueza produzida', disse, referindo-se aos tempos em que morou na Mooca, bairro paulistano onde nasceu em 1942.

O tucano José Serra também afirmou que vai investir em infraestrutura como fator de geração de produção e riquezas no Brasil e em Goiás (9º maior Produto Interno Bruto entre os estados brasileiros), o que desencadeará o surgimento de novos polos de desenvolvimento. 'Estou do lado dos que trabalham, com riscos, e produzem', disse o ex-governador paulista. 'O atual governo não é de produção', criticou.

Serra manteve o foco nas críticas ao governo Lula ao comentar que os empresários assumem riscos no País e investem em inovação. No entanto, disse, há os que fazem o capitalismo socialista, onde socializam os prejuízos e privatizam os ganhos. 'O governo ajuda para que isso aconteça. Basta ver os contratos de Belo Monte, e da ferrovia rápida ligando Rio de Janeiro a São Paulo, o trem-bala', apontou.

'Aí é tudo sem risco', disse. O ex-governador afirmou que o governo federal terá de pagar em subsídios, pelo trem-bala, o equivalente a R$ 3 bilhões por ano. É ele, governo, quem vai bancar tudo. 'Para quem entra no projeto, o risco é nulo. Se o projeto der errado, a receita será do governo', advertiu. 'Se alguém vai pagar é o governo. Se der certo eles ganham', disse.

Propostas

O candidato afirmou que, para aumentar a produção, um possível governo tucano irá investir em comércio exterior: 'Hoje, temos uma política pouco agressiva'. 'O Lula vive viajando, mas nos aproximou de alguns países que, somados, não dão 1% do nosso mercado interno.'

Os planos de um possível governo também passam pela redução da Selic - a maior taxa do mundo é a brasileira, segundo Serra -, no aperfeiçoamento de um sistema de crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e em aeroportos. 'Aeroportos são a questão vital', disse Serra. 'Virou um problema muito sério, porque a Infraero é muito incompetente, está loteada'.

Após explicar o que fará com a caneta, o orçamento trilionário da União e o Diário Oficial - a maior expectativa dos empresários que foram às centenas ouvir o presidenciável - José Serra andou pelas ruas do Centro de Goiânia, onde afirmou que seu governo vai investir também na construção de metrôs.

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