Marconi: modernidade!

Opinião

Marconi e o mundo moderno

Leverson Farias Lamonier

O Estado de Goiás tem grandes cientistas, mas em 2001 apareceu a oportunidade de ir fazer minha pós-graduação em Física pela Unicamp. No período (2001-2010), tive o privilégio de interagir com eminentes cientistas brasileiros, como os professores Carlos Henrique de Brito Cruz (ex-reitor-Unicamp, presidente da Fapesp, membro da Academia Brasileira de Ciências) e Bolivar Lamounier (sociólogo-USP, membro da Academia Paulista de Letras); com grandes jovens lideranças empresariais e políticas de São Paulo, como Ronaldo Koloszuk (fundador do Comitê de Jovens Empreendedores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (CJE-Fiesp), Sylvio Gomide, nosso atual presidente do CJE-Fiesp e José Valverde (consultor ambiental). Foi uma experiência enriquecedora. Enriquecedora porque nos permitiu relacionar com pessoas que representam o mundo moderno (o mundo da ciência e tecnologia, da educação, da cultura, do meio ambiente, do empreendedorismo e da indústria), contribuindo assim para minha formação intelectual e profissional.

No dia 29 de setembro do ano passado (2009), publicamos no DM artigo intitulado: Goiás e o desenvolvimento científico e tecnológivo (C&T). Nele, destacamos os avanços de Goiás no cenário científico e tecnológico (criação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), número de artigos científicos publicados e indexados no Institute for Scientific Information durante o governo de Marconi Perillo (1999-2006). Na oportunidade, esquecemo-nos de ressaltar que em 2005 o senador apoiou a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), fretando ônibus para os estudantes de Goiás participarem do congresso dos pós-graduandos na cidade de Santos-SP. Diga-se de passagem que a condução auxiliou também no deslocamento de estudantes da Unicamp para baixada santista. Em 2005 apoiou o congresso da UNE em Goiânia.

Pelo lado empresarial, iniciativas importantes decorreram na gestão modernizante e pragmática de Gilvane Felipe à frente do Sebrae-GO (2003-2006). Entre elas, a fundação da Associação de Jovens Empreendedores de Goiás (AJE-GO). Associação essa que, com a presidência competente de Marduk Duarte, alcançou rapidamente destaque nacional.

Apesar dessas iniciativas, Goiás ainda tem muito em que avançar em C&T. Avançar na valorização salarial dos professores da UEG, abrir mais concursos para instituição, criar institutos de pesquisa e escolas técnicas estaduais, incentivar eventos científicos, culturais e jornalismo científico.

Vejamos um exemplo. Goiás é um Estado em que sua economia está baseada no agronegócio, sendo o segundo maior produtor de etanol do Brasil, atrás somente de São Paulo. Entretanto, necessita de instituição estadual com pesquisas voltadas para área de biotecnologia (ressaltamos iniciativas positivas com esse propósito dos atuais diretores da Fapeg). Empreendimentos nessa área do conhecimento abririam novas perspectivas de investimentos em pesquisas de novas fontes alternativas de energia, nas indústrias de alimentos, farmacêutica e etc. Por outro lado, e devido ao caráter multidisciplinar do empreendimento, “interfaciaria” com outras áreas da ciência, como ciências da computação, biologia, medicina, física, química e engenharias e etc. O resultado prático desse investimento seria a diversificação da produção científica, a formação de mão de obra qualificada, geração de empregos de alta qualidade, criação de empresas de base tecnológica, crescimento do PIB estadual e o fortalecimento do Estado no cenário de C&T nacional.

O Partido Popular Socialista (PPS) tem a convicção de que Marconi Perillo é um dos políticos brasileiros que melhor representam esse mundo moderno. A sociedade do conhecimento. Goiás só tem a ganhar com sua eleição em 2010.

Leverson Farias Lamonier é pós-doutor em física-Unicamp, foi representante estudantil no Conselho Superior da Unicamp (2003-2006), diretor de C&T da ANPG (2003-2006) é membro do CJE-Fiesp desde 2006 (leverlam@gmail.com)