terça-feira, 27 de julho de 2010

Eleitorado goiano!






POLÍTICA

ELEIÇÕES 2010

Foco dos candidatos, eleitorado do Entorno cresce 11% em 4 anos
Região é a 2ª De Goiás em número de votantes, com 13,8% do total. Goiânia segue em 1º, com 22,2%

Fabiana Pulcineli

Alvo das estratégias dos candidatos ao governo de Goiás, a região do Entorno do Distrito Federal teve crescimento de 11% em seu eleitorado desde 2006. O aumento fica bem acima da média registrada no Estado, de 8,7%, segundo estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Entorno, composto por 19 municípios, tem um total de 561.222 eleitores de Goiás. Eles representam 13,8% do eleitorado, ficando atrás apenas da Região Metropolitana, que concentra 35% do universo de goianos aptos a votar.

O crescimento no Entorno na comparação com as últimas eleições gerais foi de mais de 56 mil eleitores, o que equivale a mais que o total de votantes de Senador Canedo, por exemplo - 51,4 mil.

Goiânia soma 22,2% do eleitorado goiano, com 902.631 registrados pelo TSE. O crescimento em relação a 2006 também foi acima da média - 10%. Em Aparecida de Goiânia, 251 mil moradores estão aptos a votar em outubro, um aumento de 15% sobre o quadro registrado quatro anos atrás.

No quadro dos 15 maiores colégios eleitorais, Trindade passou Itumbiara e agora ocupa a sexta posição. Senador Canedo também subiu duas posições, ficando agora como 13º colocado. O crescimento no município foi de cerca de 10 mil eleitores - 22,9%.

Os 15 municípios com maior número de eleitores concentram 2,2 milhões - 52,2% do total, em 246 cidades. Luziânia e Rio Verde, quarto e quinto colocados no ranking, passaram a ter mais de 100 mil eleitores.

Cinco cidades das 15 maiores pertencem à região do Entorno do DF - Luziânia, Formosa, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás e Planaltina. Anápolis, no Centro Goiano, é a terceira colocada no ranking. Dois municípios da Região Sudoeste - Rio Verde e Jataí - também estão na lista. Itumbiara e Caldas Novas são representantes do Sul Goiano e Catalão do Sudeste.

Anhanguera e Lagoa Santa continuam a ser os dois municípios com menor número de eleitores - 929 e 1.179, respectivamente.

Marzagão, no entanto, que figurava como terceira menor, subiu oito colocações. Cachoeira de Goiás, com 1.518 eleitores, passou à terceira posição no quadro dos menores municípios.

O maior crescimento proporcional de eleitores no Estado ocorreu em Alto Horizonte. Com 3.633 eleitores, a cidade passa a ter 59,2% a mais de goianos aptos a votar. O segundo maior aumento foi registrado em Chapadão do Céu, de 35% - 4.935 eleitores.

Em 54 municípios houve redução no eleitorado. A maior queda proporcional foi em Vila Propício, que perdeu 19,7% do número de eleitores. A cidade tem agora 3.623 votantes.

Em todo o País, o aumento do número de eleitores foi de 7,85%, porcentual menor do que o registrado em Goiás. Total de 135,8 milhões de brasileiros estão aptos a ir às urnas em outubro. A Região Norte do País registrou o maior crescimento - 13%, com 9,99 milhões de eleitores. A Região Centro-Oeste tem um total de 9,69 milhões de votantes, com crescimento de 9%.


Paulo retira logotipo e mantém Twitter no ar

Depois de retirar o logotipo da Prefeitura de Goiânia do plano de fundo de seu Twitter e de excluir o link do site institucional, o prefeito Paulo Garcia (PT) espera não ter de tirar do ar o perfil na rede social. Segundo a assessoria, o petista ainda não havia sido notificado até o fim da tarde de ontem.

A liminar determinando que o prefeito inabilitasse o Twitter provocou polêmica ontem no meio político. Em ação movida pela coligação Ética e Trabalho, composta por PPS e PT do B, a juíza Doraci Lamar acatou o argumento de propaganda eleitoral irregular e concedeu no sábado liminar determinando a retirada do perfil de Paulo, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

A justificativa da ação é que o petista anunciava o microblog como institucional, mas o utilizava também para defender ao candidato ao governo Iris Rezende (PMDB). O peemedebista também é alvo da ação, como candidato "ciente" da propaganda.

A juíza disse ontem que a legislação é "muito clara" sobre propaganda na internet, mas alegou ser impedida de comentar decisão própria, se recusando a responder se Paulo poderá manter a conta após as providências. O prefeito tem 48 horas após a notificação para apresentar defesa.(F.P.)


Especialista critica "abuso" em restrições

Rio de Janeiro - As restrições impostas aos programas de humor pela lei eleitoral são inconstitucionais, afirma Gustavo Binenbojm, professor de direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que considera essas limitações uma forma de "silenciar" os humoristas.

A lei eleitoral n 9.504/97 proíbe que emissoras de rádio e TV usem "trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação". O texto resultou em mudanças na programação. A produção do Casseta & Planeta, da Rede Globo, cortou as imitações dos presidenciáveis do roteiro. O CQC, da Band, amenizou o tom nas entrevistas, e o Pânico, da Rede TV, eliminou temporariamente os quadros sobre política.

Para Binenbojm, a lei provoca um equívoco ao interromper um eficiente canal de comunicação entre os políticos e eleitores. "O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto", frisa.

"Existe uma preocupação da lei brasileira de assegurar a lisura do processo eleitoral. Seria uma regulação até desejável, mas as restrições vão muito além. Visam a garantir uma neutralidade dos veículos de comunicação de massa incompatível com a liberdade de expressão", afirma o professor da Uerj.

Segundo Binenbojm, "a lei eleitoral provoca efeito silenciador sobre sátiras, charges e programas humorísticos" em geral. "Antes de ser um direito, informar e criticar é um dever dos veículos de comunicação", diz. (Agência O Globo)

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