quinta-feira, 1 de julho de 2010

Marconi: debate em alto nível!






POLÍTICA


Marconi prega debate em alto nível

Com um discurso baseado em novas propostas para o Estado e chamando os adversários para um debate de alto nível e de paz, o senador Marconi Perillo (PSDB) foi oficializado ontem candidato a governo de Goiás em convenção festiva dos tucanos com dez partidos aliados no Ginásio Goiânia Arena. De fato, Marconi resumiu as alfinetadas nos concorrentes, mas o evento reservou espaço de destaque para as dissidências do PMDB e do PP que discursaram na festa.

Além de Marconi, a senadora Lúcia Vânia foi confirmada para a disputa à reeleição. Realizada pela manhã, quando ainda não havia definição oficial de apoio do DEM, a convenção foi finalizada com as vagas de vice e uma de Senado em aberto. As chapas proporcionais serão fechadas pelo diretório estadual hoje.

Coordenador da área de plano de governo da campanha de Marconi, Giuseppe Vecci afirmou que as diretrizes seriam protocoladas ainda ontem no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. No discurso, Marconi adiantou algumas das propostas, entre elas a criação de 100 escolas técnicas no Estado e a transformação de todas as escolas de ensino fundamental de Goiás em tempo integral.

O tucano prometeu ainda transformar o Ipasgo em Centro de Excelência e entregar a direção aos servidores, reivindicação antiga da categoria. Na área social, Marconi quer reativar o programa Cheque Moradia e por meio dela atender moradores de rua. "O setor de infraestrutura é prioridade. Sem infraestrutura, não há desenvolvimento.Vamos acabar com a vergonha das estradas esburacadas. A nossa proposta é recuperar, pavimentar, duplicar a malha existente e construir novas estradas", afirmou Marconi em crítica à atual gestão.

O PMDB também não foi poupado pelo tucano: "A Celg teve o seu patrimônio dilapidado pelos governos do tempo antigo. Agora, vamos garantir a recuperação do seu papel de indução do desenvolvimento". Sem ataques
No final do discurso, Marconi citou Mahatma Ghandi - "Não existe caminho para a paz. A paz é o caminho" - para chamar os adversários a um debate qualificado. "Apresentar propostas, ouvir sugestões, alcançar consensos sem olhar para trás e sem falar mal dos adversários. Convido todos os candidatos a assumir essa postura civilizada. Vamos oferecer aos goianos a melhor campanha eleitoral de todos os tempos".



Definidas chapas para deputado

A convenção do PSDB homologou 35 candidatos a deputado estadual. Na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados entram os atuais deputados federais Leonardo Vilela, Carlos Alberto Lereia e João Campos, o ex-secretário da Fazenda do Distrito Federal Valdivino Oliveira, o presidente da Câmara de Luziânia, Gastão, a vereadora de Anápolis Míriam Garcia, o integrante do diretório de Rio Verde Fernando Duarte e o delegado Waldir Soares.

Na eleição de deputado federal, o PSDB e aliados vão formar um chapão. Já na disputa por vaga na Assembleia, os tucanos vão coligados com o DEM e ainda tentarão incluir o PTB e o PT do B na chapa. A inserção de Gastão na disputa pela Câmara aconteceu depois que o PMDB anunciou o deputado federal Marcelo Melo como candidato a vice de Iris Rezende (PMDB). Como o reduto eleitoral de Marcelo está na Região do Entorno de Brasília, o PSDB vai buscar para Gastão os votos que seriam do peemedebista caso ele disputasse a reeleição.

Espetáculo

A convenção tucana aconteceu em clima de espetáculo. Balé infantil na abertura, violonista em rapel e a organização do evento chamaram a atenção dos mais de 10 mil presentes.



Entrevista / Marconi Perillo

Oficializado candidato ao governo pelo PSDB, qual a expectativa do senhor para o começo de campanha?

Vou continuar indo toda semana em Brasília, terças e quartas. Depois que registrar a chapa, vou me dedicar a reuniões com instituições, corpo a corpo, comícios, carreatas. Vamos ter de intensificar também a agenda interna em relação ao detalhamento das propostas de governo.


Com o fim das convenções partidárias e nomes já definidos oficialmente, temos a repetição do cenário de 1998. O candidato do PMDB acha positivo porque a sociedade já conhece o candidato do PSDB, diferente do passado. E o senhor, como avalia?

Sou muito feliz por estar mais conhecido e ser reconhecido pelos goianos como o governador que fez o melhor para o Estado, que trabalhou incansavelmente para apresentar projetos criativos, representar o Estado interna e externamente, colaborar com a multiplicação do PIB nas exportações. Acho que essa disputa será boa porque já não sou mais o Marconi de 1998, terminei o governo com alta aprovação. Sou recebido em toda parte com muito carinho e muito respeito.



Depois de tanta espera pelo DEM, o partido chega para aliança com o PSDB, mas com resistência de algumas lideranças tucanas ao vice indicado (nos bastidores, reclamam que José Eliton não é suficientemente conhecido no Estado). Pode ser uma dificuldade inicial na campanha?

Não. Trabalhei nestes últimos quatro dias incansavelmente para aparar todas as arestas que poderiam existir. No frigir dos ovos, o resultado é muito positivo. Afinal de contas, todos disputavam a participação do Demóstenes. Agregamos tempo de televisão, bons candidatos, boa militância. Nós estamos na perspectiva também de concluir essa fase de convenção com 11 ou 12 partidos na aliança. Vamos aguardar.


Na reedição das alianças, o PP está de fora. O senhor pretende explicar ao eleitor os motivo?

Acho que não há explicações a dar porque todo mundo em Goiás sabe o que aconteceu. Apoiei de boa fé o governador, que era meu vice, e se alguém tem de explicar alguma coisa é ele, que deixou a nossa aliança, deixou os velhos amigos, traiu a nossa confiança e do povo goiano.


Com o resultado final das convenções, o senhor vê ameaça na campanha de Vanderlan Cardoso (PR), que é patrocinada pelo governo?

Todos nós vamos para a disputa. Vamos enfrentar as eleições, apresentar nossos projetos e ser avaliados pelos eleitores. Vou fazer uma campanha respeitando os adversários.

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