terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Diário da Manhã - 28 de janeiro de 2010

Diário da Manhã

Em Anápolis, Alcides volta a reclamar de herança tucana
Governador afirma que foi obrigado a fazer reforma administrativa para sanar dívida: “O resultado é que cumprimos com todas as metas fiscais”

Apesar de ter dito, na segunda-feira, que o bate-boca em torno da existência do suposto deficit de R$ 100 milhões nas contas do Estado na época em que chegou ao poder era “ridículo”, o governador Alcides Rodrigues (PP) voltou a reclamar ontem, em Anápolis, da herança que recebeu da administração do hoje senador Marconi Perillo (PSDB). “Nos tivemos problemas inúmeros. Muitas pessoas, às vezes, não entenderam as dificuldades que enfrentamos.”

O governador lembrou que, em função da realidade que encontrou, foi obrigado a levar adiante uma reforma na estrutura administrativa do Estado, que extinguiu 22 órgãos e secretarias e cortou parte dos 9,5 mil cargos comissionados. “O resultado (da reforma) todos sabem: nós acabamos com o deficit no dia 6 de novembro de 2008 e cumprimos todas nossas metas fiscais com louvor. Inclusive, fomos motivo de menção por parte do governo federal, através da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Todas as metas do governo foram cumpridas na íntegra, sem nenhuma sequer que não tenha sido alcançada. Isso possibilitou ao governo do Estado pegar verbas extralimites até o valor de 1,87 bilhão”, afirmou Alcides.

Empréstimo

O pepista reclamou que, no momento em que assumiu, por conta do comportamento do governo anterior, o Estado não tinha direito de pegar “nem meio centavo de empréstimo em qualquer entidade financeira do País” e comemorou o fato de haver conseguido alterar esta realidade. “Esse foi o fruto do trabalho do nosso governo, e não quero que o mérito da questão fique com o governador. O mérito é de todos, da equipe do governo, da inicitativa privada, dos parlamentares, dos poderes constituídos em Goiás, que são harmônicos e, por isso, produtivos.”

Acompanhado do deputado federal Rubens Otoni e do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, ambos do PT, Alcides renovou elogios ao governo federal e lembrou que, em sua administração, não há auxiliares ou porta-vozes do governo que criam “falsas expectativas” junto aos prefeitos. “Não queremos que o povo se desiluda com as ações do nosso governo. Sempre tivemos e temos o pé no chão. Todos os atos do governo são cumpridos na íntegra, inclusive aqueles de ordem financeira e econômica.”

Em entrevista concedida antes do início da solenidade, o governador comentou com irritação a pergunta de um jornalista a respeito do diálogo aberto entre o deputado federal e presidente do PR, Sandro Mabel, que a princípio faz parte da Nova Frente (PP-DEM-PSB-PR), com pré-candidatos adversários, entre eles, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), que lhe teria oferecido a vaga de candidato a vice-governador. “Quem te disse que o PR saiu da composição? Hoje, na própria imprensa... (interrupção do jornalista). Ah, possibilidade existem inúmeras, eu não vou me ater ao assunto. O próprio presidente do PR disse hoje (ontem) nos jornais que nunca conversou com ninguém a esse respeito. Quem inventou isso tem outros interesses.”

INVESTIMENTO

Alcides anunciou a liberação de R$ 22 milhões a serem investidos na pavimentação da cidade e na duplicação da Avenida JK. Segundo o governador, o recurso estadual será liberado em breve, quando retornará à cidade para levar novos benefícios. “Conheço bem Anápolis e suas necessidades. Já investimos muito aqui e vamos fazer ainda mais”, garantiu Alcides.

Atendendo a uma reivindicação do setor empresarial, o governo do Estado prepara ainda um projeto para construção de um anel-contorno de Anápolis. Será uma obra de 8 km de extensão, com um custo previsto de R$ 9 milhões. “Isso vai facilitar o deslocamento dos empresários e das máquinas que vão para o Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis) e ainda fortalecer o desenvolvimento da região.”

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