Durante pronunciamento, senador faz denúncia

Durante pronunciamento em sessão do Senado ontem, o senador Marconi Perillo (PSDB) denunciou supostas irregularidades na superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Goiás. O tucano apresentou aos colegas requerimentos que serão enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF). "Gostaria de informar à Casa que estou apresentando agora requerimentos solicitando auditoria rigorosa em relação a todas as obras que estão sendo executadas no meu Estado pelo Dnit", disse o senador, logo no início do discurso.

Marconi afirmou mais cedo, em seu twitter, que recebeu, em seu gabinete, as denúncias referentes ao órgão. "O que nós temos de informações no meu Estado é que existem corrupções seríssimas sendo praticadas no Dnit, sob comando do Alfredo Soubihe Neto (superintendente regional do Dnit em Goiás e Distrito Federal)", disse, durante a sessão. "Pesam sobre o superintendente estadual do Dnit, senhor Alfredo Soubihe Neto, todo tipo de dúvidas em relação à sua conduta como superintendente do Dnit no meu Estado", continuou o senador.

Embora não tenha dado detalhes das denúncias, o tucano adiantou que as principais tratam de superfaturamento das obras realizadas pelo órgão em Goiás, além de recebimento de propina. "Não quero generalizar as obras do Dnit no Brasil, mas falo em relação às obras realizadas no meu Estado. Existem suspeitas fortíssimas de sobrepreço nos contratos firmados para essas obras do Dnit", disse, acrescentando que há ainda denúncias “de recebimento de propina na condução dos contratos e supostos favorecimento de empresas". Marconi prometeu voltar a falar sobre o assunto hoje, em sessão do Senado, com mais detalhes a respeito das denúncias.

As denúncias de Marconi a respeito da gestão de Soubihe no Dnit-GO surgem dois dias depois de o próprio senador apresentar, na tribuna do Senado, suposto dossiê falso que indica movimentações financeiras em seu nome, em contas no exterior. Segundo o tucano, cópia do dossiê foi entregue em sua residência, em Goiânia, e assim que o examinou, encontrou detalhes que demonstravam a falsificação dos documentos apresentados. Na tribuna, Marconi repudiou o que considera "armação política", e defendeu que a origem do dossiê deve ser investigada.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado