segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eleições







POLÍTICA

SUCESSÃO

Partidos já discutem vice e Senado
Disputa pela vaga no Palácio é maior no PMDB, ao passo que senado é tema principal da frente e do PSDB

Carlos Eduardo Reche

A primeira semana após o fim do prazo para que os pré-candidatos renunciassem a seus atuais cargos eletivos foi de intensas conversas de bastidores para as definições das demais vagas das chapas majoritárias – vice-governador e dois senadores. No PMDB e no PT, a disputa principal é em torno da vice do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende. No PSDB e nos partidos da base governista, as articulações se concentraram em torno das posições para o Senado.

Como ainda faltam quase três meses para a definição das coligações – os partidos têm até 30 de junho para definir as alianças, nas convenções – as articulações avançaram pouco, mas indicaram as diretrizes das composições. No PMDB, cresceram os apelos para que a vice de Iris seja reservada a um aliado. E na frente governista do ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PR) e no PSDB do senador Marconi Perillo cresceu a disputa pelo apoio do DEM, ao qual foi oferecida uma das vagas ao Senado em troca do acordo.

Desgastes

A semana de articulações revelou que surtiu efeito contrário a investida do presidente estadual do PMDB, Adib Elias, sobre a vice de Iris. Ainda que o ex-prefeito de Catalão não tenha sido abertamente repreendido para sua postura, revelada pelo Giro, nos bastidores ela foi condenada com veemência e recebida como ameaça ao projeto de ampliação da aliança. A avaliação é de que a “precipitação” de Adib terminou por suplantar suas pretensões de ser o vice. Em 2006, ele foi apontado como um dos responsáveis pelo insucesso da aliança com o PT, por defender chapa puro-sangue, com governador e vice peemedebista. O então senador Maguito Vilela acabou perdendo as eleições para o atual governador, Alcides Rodrigues (PP).

A disputa pela vice é maior no PMDB do que nos grupos de Marconi e Vanderlan porque Iris já teria sinalizado que não deve se candidatar à reeleição. Assim, o vice é o provável candidato a governador da coalizão em 2014 em caso de vitória do ex-prefeito de Goiânia na eleição de 3 de outubro deste ano.

O desejo de Iris é deixar a vice aberta para a composição com os aliados. Com o apoio do PT e do PC do B garantidos e o PR fora das articulações em função da chapa de Vanderlan, o PDT e até mesmo o DEM estão na lista de parceiros partidários ambicionados pelo prefeito. “Temos de deixar as vagas da chapa em aberto para a composição partidária. Não é hora de falar em nomes. O PMDB sabe que é fundamental fazer alianças para ganharmos as eleições”, afirma o deputado estadual Samuel Belchior, pré-candidato à reeleição.

A mensagem em prol das alianças partidárias deverá dar a tônica das duas reuniões que o ex-prefeito realizará com o PMDB amanhã. Primeiro ele receberá a executiva estadual peemedebista para discutir estratégias para a pré-campanha, entre elas a agenda no interior do Estado. Depois será a vez da bancada estadual, que tem dez deputados em sua maioria em busca da reeleição.

O deputado Thiago Peixoto, pré-candidato a deputado federal, também defende que as vagas da chapa fiquem à disposição para as eleições e afirma que o período deve ser aproveitado pelo partido para discutir propostas para o plano de governo. “Temos a chance de apresentar uma proposta realmente nova para o Estado enquanto o PSDB vive dos programas do passado”, diz.

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