quinta-feira, 15 de abril de 2010







POLÍTICA

DOSSIÊ

Marconi critica aliado de Mabel

Núbia Lôbo

Um dia após o deputado federal Sandro Mabel (PR) ter seu nome envolvido no caso do suposto dossiê falso contra o senador Marconi Perillo (PSDB), – os dois são desafetos políticos desde 2005 – o tucano pediu da tribuna do Senado investigação no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Goiás e apontou superfaturamento de obras, porém não apresentou documentos nem detalhou as acusações. O órgão é dirigido por Alfredo Soubihe Neto, indicação de Mabel. Alfredo não foi encontrado pela reportagem para comentar as denúncias.

“Em relação às obras realizadas no Estado, existem suspeitas fortíssimas de sobrepreço nos contratos firmados pelo Dnit, recebimento de propina na condução dos contratos vigentes, licitações que não atendem aos ditames da lei, com suposto favorecimento de empresas”, declarou.

O senador citou o nome de Alfredo Neto no discurso: “Pesam sobre o superintendente estadual do Dnit, Alfredo Soubihe Neto, todo tipo de dúvidas em relação à sua conduta”. O tucano disse que encaminhou ofícios solicitando investigação ao Ministério Público Federal, Polícia Federal e também ao Senado.

Mabel minimizou as denúncias do senador. “Não tenho compromisso com coisa errada. Se tiver alguma, que tirem o cara de lá. Mas acredito que não tem (corrupção). Ele (Alfredo Neto) é muito criterioso, exigente, tem recebido fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU). Todo mundo diz que ele é duro.”

Dossiê

Sobre a suspeita de envolvimento de Mabel no caso do dossiê – o deputado teria levado os documentos até o chefe de gabinete da Presidência da Gilberto Carvalho –, o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB na Casa, disse que já entregou representação contra o republicano nas mãos do partido para que seja levada até o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou convite para que Mabel, Gilberto Carvalho, o promotor de Justiça Fernando Krebs, o secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior expliquem o suposto dossiê. Mabel diz que vai ao Conselho de Ética e ao Senado com tranquilidade.

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