Editorial
Para ser professor
A Secretaria Estadual de Educação publicou edital para a realização de novo concurso para a contratação de mais professores, a fim de preencher vagas existentes, alterando alguns critérios. No ano passado, no máximo de 100 pontos, a exigência era a de que, para ser aprovado, o candidato acertasse 70% da prova objetiva. No novo concurso, a aprovação se dará com mínimo de 50% na etapa objetiva e 70% na discursiva.
A Secretaria alega que houve mudança na metodologia e que isso não deve alterar o rigor do processo seletivo. De fato, é preciso ver que a capacitação mínima para ensinar envolve uma responsabilidade maior do que o corriqueiro.
Já se noticiou que alunos com pior desempenho estão chegando à condição de professor, quando tanto se exige da escola, pois se ela não proporcionar um bom ensino estará frustrando os que querem efetivamente aprender.
Entre as causas do desinteresse em relação ao trabalho de ensinar, estão a falta de investimento em infraestrutura e condições dignas de trabalho, e de uma remuneração à altura da elevada função social exercida pelo professor.
Como diz um provérbio: não é possível aprender bem o que é mal ensinado.
Há acentuada carência de docentes em diversas disciplinas, a educação não é contemplada com os recursos suficientes, mas é preciso que a qualificação dos professores seja um requisito indispensável, tanto nos concursos para a contratação de novos profissionais quanto na qualificação permanente dos que já atuam nas escolas públicas.
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