segunda-feira, 3 de maio de 2010

Leitores opinam!







CARTAS DOS LEITORES

Cultura e política

Sirvo-me da presente para parabenizar o jornalista Rodrigo Alves pela excelente matéria Enfim, prontos no qual relata a situação do Centro Livre de Artes e do Museu de Artes de Goiânia.

A matéria foi muito bem elaborada, o repórter ouviu e viu vários lados e conduziu o texto de modo claro e objetivo, constatando que o poder público omisso é passível de ser responsabilizado, e punido. Considerando a citação do meu nome na matéria, assino esta carta.

Uma frase atribuída ao atual gestor da Secult, “...partidas de pessoas mal-intencionadas” ao se referir às pessoas que criticaram e denunciaram a displicência no processo de reforma do prédio do CLA e MAG, impressiona e torna fácil compreender o terror moral dos servidores, da escola e do museu, em falar sobre o assunto. Para compreender o caráter do atual gestor da Secult e especialmente a forma como pensa a cultura e a política, e as relações estabelecidas com o patrimônio cultural goianiense, é preciso voltar no tempo.

Nos idos de 1993, no Ministério Público Estadual, um jovem promotor chamado Sulivan Silvestre, morto em 1999, se destacava pelas ações em defesa do meio ambiente e, pela primeira vez na história de Goiás, também se envolveu com as causas do patrimônio cultural.

Sulivan Silvestre recebeu a denúncia de que o painel O Sonho de Dom Bosco, de autoria do artista plástico D.J. Oliveira, seria destruído. E foi destruído, mesmo notificado: da noite para o dia o então secretário de Cultura de Goiânia, Kleber Adorno, patrocinou, arrumando máquinas e homens da prefeitura, a total destruição do painel.

A desculpa na ocasião era a vontade do artista, ainda vivo, e que posteriormente substituiu uma obra-prima por um arremedo, em azulejo. Soube do caso porque Sulivan Silvestre solicitou-me um parecer técnico sobre as condições da obra, parecer esse que foi totalmente inútil, visto que não havia mais obra alguma a ser estudada, já havia virado pó.

DEOLINDA TAVEIRA MOREIRA
Vila Nova – Goiânia


Vacinação

Gostaria de saber se, afinal, as secretarias de Saúde municipal e estadual vão cumprir a decisão da Justiça e vacinar toda a população. Afinal de contas, estamos sendo discriminados. Quem é capaz de advinhar se esta ou aquela pessoa vai ficar doente? Pagamos impostos e na hora de liberar verbas para a saúde, ela está em falta.

LIERCI ANDRADE
Goiânia – GO


Postes de aroeira

É gratificante andar pelas ruas do Jardim América e ver aqueles postes de aroeira servindo de nostalgia do período em que a alegria pueril, a certeza da segurança pessoal e da família, além da fé no futuro, indicavam tempos de paz. A cidade expandiu-se, trazendo consigo mudanças estruturais. Conheço os benefícios que a modernidade traz mesmo quando impõe sua fria estética urbana do monótono concreto, mas, neste caso, os postes de aroeira têm sua singularidade, permitindo inclusive em alguns casos ser referência de endereços.

A Celg faz bem em não ter plano de substituição desses postes conforme informação do seu diretor técnico Augusto Francisco da Silva. Os postes de aroeira conectam nossa ancestralidade do Cerrado à utopia do amanhã sem incomodar a nós que nos encantamos com a sua presença em nosso cotidiano.

Com aqueles que se aborrecem com a presença do bom e velho poste de aroeira, compartilho a estranha relação entre os concretosos postes de energia elétrica e acidentes de trânsito em nossa capital. Nunca vi nenhum desatino automobilístico envolvendo nossos gloriosos postes de aroeira, entretanto já observei seis acidentes nos últimos cinco anos, nos quais postes de concreto foram vítimas. Não sei dar uma resposta aceitável quanto a essa estranha estatística.

NILTON CÉSAR REZENDE
Jardim América – Goiânia


Fernandão e Leão

Vamos por parte. Primeiro a decepção. Depois de um bom primeiro turno no Brasileiro do ano passado, terminamos com uma participação medíocre no segundo. Veio o Goianão 2010, desempenho pior ainda. Copa do Brasil, melhor não lembrar! Todo esse fracasso coincide com o retorno do ídolo, Fernandão.

Desde a chegada ao Goiás, ele sempre parecia triste e sério, cabisbaixo e quase sempre praticando um futebol muito abaixo de sua capacidade. Achei que era uma questão de tempo. Sonhei: ele ainda vai jogar muita bola. Eu estava enganado. Este rapaz que chegou a Goiânia nos braços da torcida, veio para cá apenas com a finalidade de tomar o dinheiro do clube e se recuperar da doença adquirida no exterior.

Agora, reabilitado, está de malas prontas para jogar no São Paulo. Acho que nós, torcedores, não merecíamos este comportamento lamentável e deprimente do maior jogador já feito na Serrinha. Por fim, as esperanças! Gostaria de parabenizar o médico Syd de Oliveira Reis pela contratação do técnico Emerson Leão.

Treinador de primeira linha, rígido e competente, que tem tudo para levar o Goiás Esporte Clube ao topo da tabela no Brasileiro. Ficarei ainda mais contente se o nosso presidente dificultar ao máximo a saída do referido jogador. O Goiás precisa ao menos ser ressarcido dos prejuízos causados por ele.

MARCELO MONTANDON JÚNIOR
Setor Oeste – Goiânia


Usinas de álcool

Há pouco, nos chamou a atenção uma matéria tratando dos incentivos fiscais, especialmente das usinas de álcool. Alguns são contrários aos incentivos por entenderem que Goiás perde com isso.

Já ouvi gente dizer que as usinas sucroalcooleiras não precisam de ajuda do governo, pois viriam incentivadas pelos recursos naturais, com terra à vontade e a preço menor que em outras unidades da federação (se ainda tiver terras propícias em outras regiões), e demanda garantida a seus produtos.

Além disso, os pesados caminhões estão acabando com as estradas goianas e a vinda das empresas obriga os governos, estadual e municipais, a investir em infraestrutura de saúde, educação e segurança. Outros, basicamente os empresários e os economistas, defendem os incentivos por ser a única forma de atrair os investidores.

Percebe-se que o assunto é polêmico. Por tudo que envolve, especialmente pelos valores e pelas consequências geradas, não pode ficar esquecido e precisa ser tratado com mais profundidade.

EGON CRISTIANO FEISTEL
Goiânia – GO


Consumidor

Li na coluna Direito e Justiça que o juizado especial cível específico para o atendimento ao consumidor vai mudar do prédio do Procon-GO para o novo prédio do Poder Judiciário no Jardim Goiás.

O conhecido Juizado do Consumidor foi criado para funcionar junto ao Procon-GO, visando atender melhor as demandas dos consumidores goianienses. Ou seja, se o consumidor procurasse o Procon-GO e o caso fosse de competência do Judiciário, o assunto seria encaminhado de imediato, sem se deslocar para outro local. Por incapacidade administrativa, o Procon-GO permitiu a saída do Juizado de suas dependências e quem vai perder com isso é a sociedade goianiense.

CELSO CALMON
Campinas – Goiânia

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