quarta-feira, 7 de julho de 2010






POLÍTICA

SUCESSÃO

Candidatos definem planos de ação
Marconi, Iris e Vanderlan defendem prioridade para infraestrutura, área social e Crescimento econômico

Núbia Lôbo

Os planos de governo dos três principais candidatos ao governo de Goiás focam na necessidade de investimentos em infraestrutura, na modernização da máquina administrativa com inserção de novas tecnologias, na valorização do ser humano através das políticas sociais e na inclusão do Estado na agenda de desenvolvimento econômico do País. Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) fazem propostas específicas para cada área, Vanderlan Cardoso (PR) cita diretrizes e mostra o perfil municipalista já anunciado (veja quadro abaixo).

Exigidos por lei, os planos contêm as primeiras propostas apresentadas formalmente ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás pelos postulantes ao governo. Começa agora a fase de discussão das propostas com base em temas que vão nortear a campanha eleitoral no Estado - infraestrutura, políticas sociais e de governo - e que devem chamar a atenção do eleitor sobre qual modelo de gestão pode ser melhor para o futuro de Goiás. A disputa presidencial inclui ainda as reformas estruturantes.

De uma forma geral, os candidatos reforçam necessidade de investimento nas políticas sociais, apresentam políticas de governo - Iris e Marconi falam em manter os incentivos fiscais para industrialização - e apontam a infraestrutura como gargalo para desenvolvimento do Estado. Iris e Marconi prometeram revitalizar a malha rodoviária e também se comprometeram na recuperação da Celg, desde que haja ajuda do governo federal.

As propostas permitem reconhecer nelas o perfil de cada candidato. Vanderlan se estendeu no desenvolvimento das cidades com apoio financeiro do Estado para obras e ações urgentes. Entre as várias propostas que incluem tecnologia, modernização e eficiência da máquina pública, Iris ainda recorre aos mutirões para resolver problemas recorrentes da população, como saúde e emprego.

Marconi cita a experiência de suas duas administrações (1999-2006) para prometer serviços de excelência como a modernização do Ipasgo e os contratos de gestões que estabeleceriam metas para auxiliares do governo. A base do plano do tucano está em novas tecnologias que ele pretende implementar no Estado.

Apesar das peculiaridades de cada um, os candidatos apresentam propostas semelhantes. A internet como instrumento propulsor da Educação foi citada por Iris e Marconi, que também prometeram transformar escolas estaduais no modelo de tempo integral.

A construção de hospitais regionais também está contemplada nos planos de governo do PMDB e do PSDB, bem como a ampliação do programa de Saúde da Família.

Versões
Na apresentação dos planos de governo, os candidatos apontam diferentes avaliações para a situação atual do Estado. Marconi fala em "avanços" na última década, Iris destaca "baixa capacidade de investimento nos últimos 12 anos" e cita números do Tribunal de Contas do Estado para calcular que seu governo (1991-1994) investiu cifras maiores no desenvolvimento de Goiás.


Vanderlan abre sua apresentação citando o "anunciado déficit fiscal de R$ 100 milhões", o que o republicano diz ter provocado a centralização do governo e inviabilização de grande parte da transformação e modernização do Estado.

Depois de 12 anos fora do governo estadual, o PMDB reservou boa parte da apresentação de suas propostas para um texto de desconstrução dos governos tucano-pepistas, baseado no que chama de "planejamento enganoso" e "slogans vazios". "Desmontaram estruturas como Crisa, Dergo, Metago, Emater e uma série de empresas e autarquias que vinham prestando serviços relevantes à população goiana - e no seu lugar colocaram uma estrutura que compromete a capacidade de intervenção do governo para resolver os críticos problemas de Goiás", afirma o PMDB.

Obras inacabadas foram criticadas: "Numa relação rápida, podemos citar o Centro Cultural Oscar Niemeyer e o Centro de Excelência Esportivo em Goiânia, o IML e a UEG em Aparecida de Goiânia, o hospital de Santo Antônio do Descoberto, a ponte sobre o Rio Araguaia/ Cocalinho, exemplos emblemáticos de mais de uma centena de grandes e médias estruturas iniciadas e até inauguradas às pressas, para em seguida serem abandonadas à ação do tempo e à depredação".

O tom do PSDB em seu plano de governo é outro: "São inegáveis os avanços que o Estado obteve na última década no que se refere à melhoria das condições de vida de sua população e quanto ao seu desenvolvimento econômico. Deixamos de ser um Estado periférico e fornecedor de bens primários para ocupar um lugar de destaque no cenário econômico do país".

Apesar das análises divergentes, os candidatos são unânimes em reconhecer que há grandes desafios para o próximo governo.

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