quinta-feira, 15 de julho de 2010

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SUCESSÃO

CUT virou superpelega”, diz Serra
Tucano rebate entidades sindicais, que o acusam de golpe por assumir a autoria do seguro-desemprego

Agência Estado

São Paulo- O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, rebateu ontem as críticas divulgadas na semana passada pelo PT em um documento assinado por cinco centrais sindicais - CUT, Força, CGTB, CTB e Nova Central. "Nessa campanha, criou-se uma nova profissão, a de profissional da mentira", afirmou Serra em São Paulo, a uma plateia de 200 sindicalistas filiados à União Geral dos Trabalhadores (UGT). Ele também afirmou que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma instituição "superpelega".

As entidades acusam Serra de golpe contra o trabalhador por intitular-se criador do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do seguro-desemprego. O tucano citou até o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, como alguém que está "endossando mentiras". "Os profissionais da mentira estão aí, em praça pública. É só olhar e ver as mentiras, essa do FAT e a de que eu iria acabar com os concursos no Brasil", disse. "Daqui a pouco esses profissionais vão reivindicar piso salarial e adicional de férias."

Em discurso, o ex-governador criticou professores ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) por queimarem livros fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação em praça pública. Lembrou ainda de um encontro que teve, quando estava à frente do Estado, com representantes da CUT. "Vocês são membros de um partido e sacrificam a defesa dos interesses dos trabalhadores à conveniência partidária", disse ter falado aos sindicalistas.

Em entrevista após o evento, o presidenciável chamou a CUT de "pelega". "A CUT era uma entidade antipelega até o PT chegar ao governo. Virou uma entidade superpelega", disse. "Aquilo que se chamava de pelego na época do Jango eram só aprendizes de pelego em comparação ao que se tem hoje", afirmou, lembrando os tempos do presidente João Goulart (1961-1964).

Serra aproveitou o palanque emprestado pela UGT para dar explicações sobre a autoria do FAT. "Na Constituinte, eu fiz a emenda para financiar o seguro-desemprego com recursos do PIS/Pasep, que não tinham destinação específica. O meu projeto era o que falava do FAT", frisou.

Antes do evento, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, aliado de Serra, distribuiu nota à imprensa em que se apresentava como "testemunha" do trabalho do tucano. "Serra foi, sim, o autor dos projetos que criaram o seguro-desemprego e o viabilizaram financeiramente, com a instituição do FAT", informou. A nota reproduzia uma certidão do Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados com informações sobre o projeto de Serra.

Ao chegar ao encontro, Serra recebeu um documento de dirigentes da UGT, assinado por 12 das 20 regionais da entidade, manifestando apoio à sua candidatura. Ele foi saudado como "companheiro" pelo presidente da central sindical, Ricardo Patah, e deixou o evento com o broche da central sindical.


Presidenciável participa terça de reunião na Fieg

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) confirmou ontem a participação do candidato à Presidência José Serra (PSDB), na terça-feira, em encontro de Serra com o setor produtivo do Estado. O encontro com o presidenciável tucano terá o mesmo formato do que foi realizado com a então pré-candidata Dilma Rousseff (PT) no início de junho.

A assessoria de José Serra não quis confirmar sua vinda a Goiânia, dizendo que há apenas uma previsão na agenda do tucano. Se ele vier, Serra será o primeiro presidenciável a fazer campanha oficialmente em Goiás.

No encontro, marcado para as 11 horas, a Fieg reunirá representantes de entidades goianas para apresentar reivindicações e sabatinar Serra. No evento com Dilma, a petista discursou por uma hora sobre temas levantados pelos empresários goianos e outros que ela própria trouxe à pauta, mas não houve tempo hábil para as perguntas previamente planejadas para a candidata(Núbia Lôbo).

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