quinta-feira, 15 de julho de 2010

Marconi: mais forte ainda!

Diário da Manhã

Política & Justiça

Deputados criticam Alcides

Governo falhou na desconstrução de Marconi, diz Jardel

Parlamentares defendem administrações do PSDB e denunciam tentativa de denegrir a imagem do ex-governador

Warlem Sabino

A divulgação dos relatórios do Tribunal de Contas do Estado e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, apontando como fantasia o propalado déficit de R$ 100 milhões que teria sido deixado pelo governo Marconi, teve intensa repercussão ontem na Assembleia. Apesar do período de recesso parlamentar, muitos deputados continuam frequentando a Casa, aguardando a convocação extraordinária para apreciar o empréstimo que o governo do Estado deseja contrair junto ao BNDES para tentar resolver a situação da Celg.

Honor Cruvinel (PSDB), que também é relator da CPI do Endividamento do Estado, é um dos deputados que continuam despachando na Assembleia. Para ele, os relatórios do TCE e da Fipe deixaram claro que a história do déficit não passou de “sofisma” criado pelo atual governo para tentar desconstruir a imagem do seu antecessor. Honor leu o relatório do TCE, leu a apresentação em PowerPoint da Fipe e ainda participou da sessão da CPI que ouviu os analistas das duas instituições. “Como relator, estou pronto para fazer o meu trabalho, absolutamente convencido de que a verdade foi restabelecida. Não houve déficit e, ao contrário do que foi dito, o governador Marconi Perillo deixou uma herança positiva, com as contas do Estado em equilíbrio e dinheiro em caixa. Os números do Tribunal de Contas e da Fipe são incontestáveis”, afirma.

Segundo o deputado Jardel Sebba (PSDB), que veio de Catalão para acompanhar o registro da sua candidatura no TRE, já era notório que “o déficit foi inventado pelo ex-secretário Jorcelino Braga e pelo governador Alcides Rodrigues para macular a boa imagem do senador Marconi Perillo”. Mas, segundo Jardel, faltava um esclarecimento isento e imparcial, com base em dados da contabilidade oficial do Estado. “Agora”, diz o tucano, “com os estudos entregues à CPI do Envidamento, o TCE e a Fipe jogaram uma pá de cal nessa infâmia. Não foi nenhum agente político, nenhum deputado, nem partido, mas duas instituições de peso e de credibilidade indiscutível que prestaram a Goiás o serviço de mostrar que o Governo Alcides e o ex-secretário Braga agiram de má-fé e que Marconi deixou o governo em condições de saúde financeira normal”.

Jardel acha que o debate sobre o falso déficit foi suscitado com objetivos eleitorais, isto é, “o governo queria enfraquecer a candidatura de Marconi e por isso investiu na difamação contra o senador”. Para o deputado tucano, o velho ditado popular “a verdade tarda, mas não falha” mostrou sua validade mais uma vez, com o restabelecimento da verdade sobre a situação em que o governo Marconi deixou o Estado”.

Provas

Um dos parlamentares que mais batalhou contra a tese do falso déficit, Daniel Goulart (PSDB), recém-empossado na presidência do Diretório Estadual do PSDB, revela que não teve “nenhuma surpresa com as conclusões do TCE e da Fipe, pois como presidente da Comissão de Finanças da Assembleia sempre acompanhei os balanços contábeis do Estado e nunca vi nesses documentos nada que comprovasse o tal déficit alardeado por Braga e pelo governador Alcides”.

Ainda conforme Daniel Goulart, “em vez de trabalhar a favor da população, o governo Alcides resolveu gastar o seu tempo na tentativa vã de desconstruir Marconi Perillo. Mas o povo goiano não acreditou e o resultado é que hoje o senador é o líder absoluto das pesquisas, enquanto o governador amarga uma alta rejeição e um índice elevado de impopularidade”, completa.

Finalmente, a opinião do deputado Nilo Resende (DEM): “Concordo com o meu colega Honor Cruvinel, relator da CPI da Dívida: foi tudo armação para prejudicar a candidatura de Marconi. Felizmente, mentira tem perna curta e o nosso candidato recebeu nota 10 como administrador das finanças públicas estaduais, conforme o Tribunal de Contas do Estado e a Fipe.”

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