Mães de desaparecidos definem novas estratégias
Elas estão recebendo apoio de equipe do município e vão elaborar novo cartaz com fotos dos filhos para distribuir nas cidades
Roberta Giacomoni
As mães dos seis adolescentes que desapareceram de Luziânia estão recebendo apoio da equipe do Centro de Referência e Assistência Social (Creas) do município. Ontem, elas se reuniram na sede do Creas e definiram as estratégias de campanha para tentar encontrar os filhos. O trabalho não pode ser acompanhado de perto pela imprensa, porque no local são desenvolvidos outros projetos com adultos, crianças e adolescentes que não podem ser expostos.
A diretora de programas sociais do Creas, Pillar Magno Rodrigues, explica que no encontro as mães escolheram um novo modelo de cartazes e camisetas que serão distribuídos em dez municípios do Entorno de Brasília, em Goiânia e também no Distrito Federal (DF). A campanha começa na próxima segunda-feira. Todas as despesas são por conta da prefeitura.
Logo no início da tarde de ontem a mãe do Flávio Augusto Fernandes, desaparecido desde 18 de dezembro foi prestar depoimento na Polícia Civil. Ansiosa por notícias do filho, Valdirene Fernandes da Cunha disse que o trabalho dos policiais está lento e que dará um prazo de no máximo uma semana para resolução do caso. Se até lá o filho não for encontrado recorrerá ao poder público do DF.
No bairro onde o garoto de 14 anos sumiu, moradores ficam nas portas das casas assustados. As mães não deixam mais os filhos irem à escola sozinhos. A doméstica Edna Costa dos Santos Silva afirma que o medo tomou conta do lugar.
Para tentar amenizar o desespero dos moradores de Luziânia, a Polícia Militar reforçou a segurança no bairros onde os seis garotos desapareceram. Para ajudar neste trabalho foi destinada uma verba de R$ 50 mil ao município.
O primeiro desaparecimento foi registrado em 30 de dezembro do ano passado. Diego Alves Rodrigues, de 13 anos, não voltou mais para casa depois que saiu pela manhã. De lá para cá mais cinco jovens também sumiram.
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