terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Popular - 30 de janeiro de 2010

O Popular

Braga nega recuo em negociações
Secretário reage a depoimento de Enio a CPI e diz que operação para salvar Celg não sofreu paralisações

Erika Lettry

O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga (PP), afirmou ontem que as negociações para sanear a Celg, hoje com uma dívida de R$ 5,7 bilhões, nunca foram paralisadas ou sofreram atraso. O comentário é em resposta ao ex-presidente da estatal, Enio Branco (2007/009), que disse na quinta-feira à CPI da Celg que a operação negociada atualmente pelo governo estadual havia sido concebida em sua gestão. O governador Alcides Rodrigues (PP) não recuou. Continuamos na mesma linha de negociação , frisou o secretário.

Relembrando os episódios que levaram o governo estadual ao atual modelo de gestão compartilhada entre Celg e Eletrobrás, o secretário comentou que Enio Branco expressou a visão dele em relação a todo o processo. (A operação) podia estar pronta na cabeça dele. Na Eletrobrás não estava, não havia nem iniciado.

Quando ele falou em venda, acho que houve um equívoco.

Ao ser questionado se Enio Branco foi precipitado na época ao fazer o anúncio da venda de 41% das ações à Eletrobrás, Jorcelino Braga amenizou. Não vou dizer que ele foi precipitado. Ele estava ansioso na época. Quando colocou a questão estávamos discutindo premissas , disse.

Braga também contestou a interpretação de Enio de que o cálculo da dívida da Celg seria de R$ 4,1 bilhões, e não os R$ 5,7 bilhões apresentados pelo governo. Enio disse à CPI da Celg, na quinta-feira, que o secretário não mentia sobre os números, mas que confundia dívida com passivo. Não sei o motivo (desta observação). É questão de nomenclatura, que não muda nada , assegurou.

A dívida de R$ 4,1 bilhões foi apresentada no início do mês pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que apresentou à CPI da Celg um relatório sobre as causas do endividamento da estatal entre 1983 e 2008. Conforme explicou o secretário, a Fipe desconsiderou as provisões ao fazer a contabilidade.

Braga aproveitou para dizer que o governo faz uma operação arriscada para salvar a Celg por ter responsabilidade. Esse governo tem uma característica de solução das coisas. Imagine um governo tendo R$ 1,8 bilhão para investir no Estado, o que ia virar? Mas está usando para investir no buraco. Para nós goianos isso é um absurdo, mas tem de ser feito e, infelizmente, caiu no nosso colo.

Governistas fazem afagos a Temer

Agência Estado

Jacutinga - Em meio às divergências no PT sobre a indicação do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para vice numa eventual chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), articuladores da possível campanha petista trataram de diminuir ontem o fogo amigo que tenta fritar o peemedebista.

Não há nada contra Temer. A Dilma tem muita consideração por ele. Para mim, o nome de Temer é o melhor para ser o vice , disse Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e um dos nomes mais próximos da ministra.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), também defendeu a escolha de Temer para a vice de Dilma no evento em Minas. (AG)

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