terça-feira, 13 de abril de 2010

Combater as causas da violência!







Editorial

O cerco da violência

Assustada e confrangida, a sociedade acompanha com sofreguidão o noticiário relacionado com o cerco da violência em escala inimaginável, mas se agarra a pelo menos um fio de esperança de que medidas e ações sejam acionadas com toda a urgência para impedir que os criminosos continuem a agir impunemente.

É incrível verificar que, no episódio estarrecedor de Luziânia, tenha um criminoso em série, condenado por abuso contra pelo menos um adolescente e uma criança, recebido liberdade e voltado a atacar, abusando de seis adolescentes e jovens e os assassinando.

As famílias nunca estiveram tão sobressaltadas em relação aos riscos que hoje correm crianças, adolescentes e jovens, do que agora. Nada mais justo do que a generalizada queixa contra essa crescente falta de segurança, pois a violência não encontra mais limites e chega já até mesmo ao espaço da escola.

Goiânia teve mais um fim de semana com o registro de mais casos de violência. As estatísticas referentes a homicídios na Região Metropolitana continuam sendo perturbadoras. E continua assumindo uma espantosa dimensão a proporção desses homicídios dos quais as vítimas são jovens – e até mesmo adolescentes.

Junte-se a esta dolorosa situação o crescimento do tráfico e do consumo de drogas, como o crack, outro grande fator de preocupação das famílias, pois neste descaminho seguem muitos jovens, que destroem perspectivas e não raro encontram a morte.


COMENTÁRIOS DO JOÃO AQUINO

Todo e qualquer ato de violência tem seu grau de desumanização da sociedade, mas, em alguns casos, isso chega às raias da insanidade, colocando-nos entre seres predadores da própria espécie. Não é possível que as autoridades brasileiras continuem a priorizar tão-somente o aparelhamento do Estado e se esqueça da outra ponta da questão: as famílias estão sendo relegadas ao abandono, pois os serviços públicos essenciais, tais como saúde, educação, saneamento básico, lazer e segurança; são solapados pelos esquemas de corrupção que imperam no Brasil.

Não tem nenhuma lógica explicável o que se desvia de dinheiro público para alimentar uma elite burra e esnobe, que depois ainda reclama de estar prisioneira da própria situação que criara.

Ao argumento de que muita gente se torna mi, bi ou trilionária trabalhando, era melhor contar estórias para nelore dormir do que dizer que essas pessoas não foram beneficiadas, direta ou indiretamento pelo Estado corrupto. É senso comum - e só os idiotas constestam -, que existe uma concentração absurda de renda no Brasi, que vem acompanhada de concentração de bem-estar e acesso a serviços de qualidade. Essa situação gera párias e psicopatas sociais.

Não raramente, esses monstrengos do grande laboratório da corrupção, saem à luz e enchem de trevas as vidas de muitas pessoas. É um preço.

Vale a pena pagar?

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