sexta-feira, 9 de abril de 2010

Leitores opinam!






CARTAS DOS LEITORES

Trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro, lei que entrou em vigor em 1997, é tido pelos estudiosos como uma peça jurídica adequada à realidade brasileira. A lei trouxe uma evolução significativa nos princípios legais que buscam melhoria nas condições de segurança e circulação do trânsito em centros urbanos, estradas e áreas rurais. Segundo a lei anterior, os municípios não participavam, diretamente, da gestão do trânsito. O CTB estabelece, do contrário que, na constituição do Sistema Nacional de Trânsito “participam os órgãos e entidades da União, dos Estados e dos Municípios”. Assim, os governos municipais passam a ter competência executiva na gestão do trânsito. A descentralização dos serviços de trânsito aos governos locais permitirá, num futuro próximo, que os problemas de possam ser resolvidos de forma mais adequada pelas autoridades municipais, que estão mais próximas da população e passam a ter jurisdição direta sobre as vias. Os nossos municípios estão carentes de informações ou os nossos governantes estão ignorando o conceito de municipalização do trânsito? Em Goiás, dos 247 municípios, só 26 têm a gestão do trânsito municipalizado. Crixás é um deles. É importante que os nossos governantes municipais invistam no trânsito em seu município, porque aí sim eles estarão investindo em salvar vidas. Não é só municipalizar e não executar. Temos de fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito.

Carlos Antônio de Lima Maciel
Diretor Municipal de Trânsito de Crixás – GO


Como usuário obrigatório do trevo do Padre Pelágio, na saída para Trindade, tenho observado que um número significativo de veículos aguardam a abertura do semáforo naquele ponto para entrar à esquerda com destino à GO-070. Uma sugestão para reduzir esse transtorno e economizar tempo e combustível seria asfaltar a rodovia GO-464, fazendo a ligação entre as rodovias GO-060 e GO-070. A partir do trevo de Trindade, o trecho representa um percurso de 14 quilômetros. É crescente o número de veículos, romeiros e transportadores que usam o atual caminho por não ter outra alternativa. Considerando também que às margens da GO-464 existem muitos produtores rurais de cereais, leite e gado e também um frigorífico, todos usuários dessa estrada, uma nova alternativa é, de fato, necessária.

Agnaldo José Albertoni
Mariápolis – Trindade


Concurso para professor

O governo de Goiás realiza, neste momento, mais um concurso para a contratação de professores para as escolas estaduais. Com a mesma seriedade dos processos seletivos anteriores, este concurso mantém o rigor na aferição das habilidades e competências dos candidatos, definindo a nota 7,0 na prova discursiva específica como a mínima necessária para aprovação.

Entendemos que para as salas de aula das escolas públicas devem ir os melhores profissionais. A escola pública é a única oportunidade para mais de 90% da população brasileira ter uma vida melhor. É a janela por onde o sol entra e modifica a vida dessas pessoas. Por isso devemos, todos, governo, imprensa e sociedade, sair em defesa da escola pública. Devemos envolver todos os segmentos nessa causa, que é fundamental para o desenvolvimento do País.

Temos uma dívida secular com a educação. Um passivo longo e denso. Os investimentos em todas as áreas sociais ainda estão aquém do necessário em todo o País. Apesar dos significativos avanços, a educação brasileira apresenta desafios. Governantes e sociedade precisam reconhecer que há muito a se construir na direção de uma escola pública que amplie oportunidades para todos e forme cidadãos éticos. Esse é o meu compromisso e o do governo de Goiás.

Milca Severino Pereira
Secretária de Estado da Educação


Direitos dos idosos

A última edição do Fantástico, da Rede Globo, mostrou o que acontece nas grandes metrópoles, onde é enorme o descaso das pessoas ao direito do idoso e do cadeirante. Não é diferente em Goiânia, onde as pessoas mais novas se sentam nos bancos destinados aos idosos e aos deficientes nos ônibus. Quando aparece um idoso, viram o rosto ou fingem estar dormindo.

Esse fato de relegar o direito do idoso é uma questão cultural. É falta de educação e de respeito mesmo. Em Goiânia, não só os ônibus, mas centenas de motoristas mal educados não respeitam a faixa de pedestre e o idoso tem de abanar a mão como se fosse um malabarista para atravessar a rua. E a falta de respeito não fica somente nisso. Num dos maiores supermercados de Goiânia, constatei, no sábado, que só existem quatro caixas destinados aos idosos. Mesmo assim, as pessoas mais novas entram nas filas e os idosos têm de esperar os novos e mal educados pagarem suas compras e ainda pagarem suas contas no mesmo caixa. Não levam em conta que nós, os idosos, carregamos as marcas dos anos e merecemos o mínimo de consideração e respeito da juventude.

Maurilio Batista
Setor Sul – Goiânia


Ação da polícia

Sempre que bandidos morrem, aparecem compadecidos acusando a polícia de execuções. Nunca esses entes da compaixão se comovem com as vítimas dos bandidos. Foi só lerem notícia da morte de 224 criminosos nos últimos oito anos em Goiânia para se manifestarem acusando a Segurança Pública de falida e atentadora contra a dignidade das pessoas.

Pessoas tendenciosas ou de visão curta só enxergam o que a polícia faz com bandidos. Não veem o que bandidos fazem com ela. Não se sabe, por exemplo, quantos policiais já morreram matados por bandidos ou tiveram a vida arruinada por eles.

Gerson Veloso
Setor Bueno – Goiânia


Estrada

Viajei na Semana Santa e o trajeto entre Goiânia e Aruanã mais parece mais um rali do que uma estrada separando a capital do Estado de uma das principais cidades turísticas de Goiás. Nas proximidades da cidade de Goiás, que sempre recebe grande fluxo de turistas nos feriados, até Araguapaz, os buracos tomaram conta da estrada. Por várias vezes, o carro em que eu estava tinha de usar a pista oposta e, ainda assim, caía nos buracos. Uma viagem que duraria mais ou menos 3 horas, durou mais de 4 horas. É um desgaste muito grande. Durante todo o percurso de volta, vimos oito carros no acostamento trocando pneus e as oficinas à beira da estrada lotadas. Ao viajar em um feriado assim, sabemos que vamos encontrar as estradas cheias de carros, aumentando os riscos. E temos de aceitar tantos buracos fazerem os riscos aumentarem?

Eu, uma estudante que vou este ano votar pela segunda vez, penso que não podemos fazer como em alguns Estados brasileiros e permitir a entrada de empresas privadas para a melhoria das nossas estradas. Claro que com os pedágios não teríamos tantos problemas. Teríamos uma segurança com serviço de SOS durante todo o percurso, com pistas duplicadas nos dois sentidos e nada de buracos. Mas pagar esses pedágios e encarecer nossas viagens é pagar duas vezes pela mesma coisa. Pagamos vários e altos impostos e o mínimo que o governo deveria fazer é nos dar retorno com investimentos. O que fica bem claro para quem viaja de carro e não de jatinho é que pelo menos nas estradas este retorno não existe.

Natália Rocha de Lisboa
Jardim América – Goiânia


COMENTÁRIOS DO JOÃO AQUINO

O trânsito nas grandes cidades está cada vez mais caótico. O pior de tudo isso é que, pelo menos em Goiás, as intervenções do poder público são tímidas e as obras estruturantes de vida útil aceitável, são raras. Trincheiras e viadutos, quando são feitos, visam mais à visibilidade do que à utilidade. Por exemplo, a trincheira da Praça do Ratinho podia ser um viaduto ligando a avenida D à 86, com alças de conversão rápida para a Avenida 85 e nem precisa daquele momumento ao ego do prefeito que construiu a trincheira. Idem o feio viaduto da Praça do Chafariz.

E quando se fala em trânsito, não podemos nos esquecer das rodovias. A leitora Natália Rocha de Lisboa retratou fielmente o que está acontecendo nas GO's. É estarrecedor o estado das rodovias goianas e o governo parece paralisado. Fica apenas reclamando da situação e nada faz para corrigir os erros do passado. Um dos erros mais crassos, em relação às rodovias goianas, foi a pavimentação sem acostamento. Em casos como os que a leitora narra, em que os buracos tomam conta do leito principal da rodovia, não há alternativa, ou a gente se arrisca passando para a mão contrária; ou arrebenta o carro nos buracos.

Uma das cobranças que, na qualidade de eleitores, precisamos fazer: que o próximo governador; seja ele o senador Marconi Perillo, que tem uma visão moderna de administração, seja o ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende, que asfaltou as rodovias e não fez os acostamentos; ou seja lá quem for - que ele se comprometa a corrigir essa barberagem que já tirou a vida de muitos goianos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário