terça-feira, 13 de abril de 2010

Marconi: vítima de mais uma farsa!






POLÍTICA

Marconi diz ter usado dicionário para nominar falso dossiê

Marconi diz ser alvo de falso dossiê
Senador vai à tribuna para denunciar montagem de denúncia sobre contas no exterior

Núbia Lôbo

O senador Marconi Perillo (PSDB) foi à tribuna do Senado ontem para denunciar a montagem de um suposto dossiê falso com acusações contra ele. Segundo o tucano, a documentação forjada afirmaria que ele mantém contas bancárias em paraísos fiscais no exterior. Na estratégia para desqualificar os documentos, ele mobilizou a bancada goiana e ganhou o apoio de colegas de Senado.

Numa referência ao dossiê falso montado contra José Serra (PSDB) em 2006, quando o tucano disputava o governo de São Paulo, Marconi e seus aliados classificaram o documentos de Caso Aloprados 2. Acompanhado dos deputados federais tucanos Raquel Teixeira, Leonardo Vilela e João Campos, Marconi protocolou uma representação pedindo investigação do caso no Senado, na Procuradoria Geral da República e no Ministério da Justiça.

O senador e os deputados ressaltaram que “documentos fajutos e malfeitos”, montados por “cafajestes, canalhas, crápulas” em desfavor de Marconi devem ser alvo de investigação e punição dos autores. Leonardo informou que o ministro interino da Justiça, Rafael Favetti, prometeu solicitar à Polícia Federal abertura de inquérito para apurar a autoria do dossiê.

Marconi disse ter recebido em casa um envelope anônimo com documentos, mas que já tinha ouvido boatos sobre possível denúncia contra ele. O dossiê contem cópias de passaporte, movimentações bancárias nas ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas e Bahamas (todas na América Central) que ultrapassariam US$ 4 milhões, procuração apontando Marconi como proprietário da empresa Aztec Group S.A., por meio da qual seriam feitas as transferências bancárias. Toda a suposta documentação tem data anterior a setembro de 2006, ano em que o tucano deixou o governo.

A indignação de Marconi e aliados com o suposto falso dossiê tomou mais de uma hora nas tribunas da Câmara e do Senado. Nos discursos, Marconi, Raquel, Leonardo e João Campos destacaram que as falsificações são “grosseiras”, mas que poderiam criar tumulto na véspera das eleições deste ano.

Em um dos papéis do suposto dossiê, enviado ao POPULAR pela assessoria de Marconi, o próprio documento já diz que o passaporte não é verdadeiro, mas que era utilizado para realizar operações financeiras porque as instituições internacionais não realizam checagem.

Sinônimos

O discurso de Marconi quebrou o regimento do Senado e durou 1h15. O tucano disse que recorreu ao dicionário para adjetivar os responsáveis pela suposto dossiê falso e encontrou 30 sinônimos: “Vil, safado, sem vergonha, sem escrúpulos, vulgar, malandro, pilantra, biltre, infame, chantagista, venal, devasso, indigno, detestável, perverso, cretino, libertino, salafrário, torpe, baixo, abominável, insuportável, patife, ordinário, chinfrim, desqualificado, moleque, chulo, abjeto, ignóbil”.

Marconi lembrou frases do discurso de Serra no lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, ocorrida no sábado em Brasília, para dizer da integridade do seu trabalho e de como pretende combater possíveis novas denúncias contra ele nas eleições em Goiás.

Quanto mais mentiras os nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades falaremos sobre eles”, disse Serra no sábado e repetiu Marconi ontem no Senado. “Esta tarde é a tarde da verdade. Estamos aqui para dizer que somos homens públicos íntegros e que não serão algumas artimanhas, montadas na calada da noite, que vão calar a nossa voz”, afirmou o senador.

Antes de vir à tona, o conteúdo do dossiê já era alvo de apuração por parte do Ministério Público de Goiás, segundo Marconi. Um promotor de Justiça, que ele não cita o nome, teria pedido o rastreamento de bloqueio de contas bancárias de Marconi no exterior.

“Isso é muito grave. Como é que uma pessoa, como é que uma autoridade não percebe tratar-se de um documento fajuto, de um documento de quinta categoria?”, perguntou. Marconi afirmou que não possui conta bancária fora de Goiânia atualmente. E até seu salário de senador é recebido por meio de uma agência bancária na capital goiana.

Em evento na Assembleia Legislativa na noite de ontem, Marconi reclamou que tem sido atacado pelo governo estadual. “Estou sendo perseguido pelo governo há mais de três anos. É difícil uma pessoa ligada a mim que não tenha sido exonerada. Infelizmente isso acontece. Espero que cesse porque isso não vai levar Goiás a lugar algum. E agora, como se não bastasse, partem para esse tipo de atitude criminosa”, disse. Ele evitou, porém, falar claramente sobre suspeitas de autores do dossiê. “Espero que a Polícia Federal e a Justiça cheguem às suas conclusões e punam os responsáveis”, afirmou.

Marconi falou da desconfiança de que um adversário do Estado tenha contratado profissionais de Brasília para fazer o suposto levantamento. “Quem comprou, deve ter acreditado. Devem ter pago um bom dinheiro por um dossiê fajuto. Há pessoas em Goiás que, além de mau caráter, são incultas.” (Colaborou Fabiana Pulcineli)

2 comentários:

  1. O Marconi está "esperneando" muito.... Parece que até tem "culpa no cartório"... Porque ele em vez de "chiar" em discurso de mais uma hora no Senado, propõe um acordo com o Ministério Publico e da Justiça ( que investigam o caso) e sendo de fato negativo a apuração, ele demonstra pública mente aos eleitores que foi vítima de uma farsa.....O pior é se o caso for verdade..... !!!!

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  2. Eu considero o anônimo um covarde por natureza, portanto, esse tipo de gente nem merece resposta.

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