Editorial
Boas novas eleitorais
Na semana passada os eleitores conscientes sofreram a frustração resultante da manobra que impediu a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto, em endossado por mais de um milhão de assinaturas populares, que determina o impedimento do registro de candidatos com ficha suja. O Tribunal Superior Eleitoral divulga novas regras recentemente aprovadas que, se não compensam, pelo menos aliviam um pouco a frustração.
Esta boa novidade propagada pela Justiça eleitoral é constituída por algumas novas normas, como a exigência de que a declaração de bens dos candidatos, necessária para o registro das candidaturas, seja rigorosamente conforme o modelo da Receita Federal. Ou seja, candidatos não poderão mais, como muitos costumavam fazer, subestimar os valores de seus bens, por demagogia ou qualquer outro motivo, alguns até para esconder enriquecimento ilícito.
Os candidatos a suplente de senador, vice-presidente da República e vice-governador não ficarão mais absolutamente ocultos, como acontecia em eleições passadas. Antes, na tela da urna eletrônica, aparecia apenas a imagem do candidato ao cargo titular. O eleitor, neste caso, votava no escuro, com os candidatos a suplente inteiramente ocultos.
O Tribunal Superior Eleitoral vai também liberar inteiramente a internet, deixando-a como uma espécie de território livre para a realização de entrevistas, debates e discussões entre candidatos – e já a partir dessa fase de pré-campanha.
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