terça-feira, 13 de abril de 2010

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SAÚDE

Maternidade não interna mais nos fins de semana

Camila Blumenschein

Em comunicado à pasta e ao Conselho Regional de Medicina (Cremego) na sexta-feira, a direção da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, na Nova Vila, decidiu suspender as internações nos sábados e domingos no hospital por falta de médicos. Durante uma reunião de emergência convocada pela titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Irani Ribeiro de Moura, na manhã de ontem, diretores de unidades de saúde da capital debateram a situação dos plantões nos fins de semana.

Presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho entendeu ser necessária a decisão da diretoria da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, tendo em vista que o déficit de médicos compromete a qualidade do atendimento prestado pela unidade. O Cremego cobrou uma solução imediata para o problema.

A maternidade conta com apenas um médico para cada plantão de 24 horas. De acordo com a superintendente de atenção à saúde da SES, Maria das Graças Ribeiro, a Secretaria de Saúde já tem tentado contratar médicos para trabalhar na maternidade há algum tempo, sem sucesso. “Está difícil encontrar profissionais que queiram trabalhar nos fins de semana. Mas continuamos tentando e queremos contratar esses médicos com urgência”, disse.

Maria das Graças explicou que as internações estão suspensas no sábado e domingo, com exceção dos casos mais urgentes como parturientes em período expulsivo ou com hemorragia. “As grávidas em trabalho de parto que chegarem ao hospital no fim de semana serão encaminhadas para outros hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, completa.

Medo

Tatiana Rodrigues de Oliveira, de 31 anos, é uma das parturientes que aguardam para dar à luz na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. “Tenho medo de ir lá porque sei qual será o tratamento e aí corro risco”, disse ela ontem ao POPULAR. Com 39 semanas de gravidez, a dona de casa sentiu cólicas e contrações e esteve na maternidade acreditando que estava na hora do parto. “O médico me tratou mal e disse que era para voltar lá somente quando tivesse contração de três em três minutos ou quando a bolsa estourasse e escorresse pelas pernas”, comentou Tatiana.

A dona de casa teme pela vida por ser mãe de outras quatro crianças, a última com apenas 1 ano e 10 meses.

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