quarta-feira, 5 de maio de 2010

Anápolis: a primeira!






ECONOMIA

   Anápolis: a líder

Mapa da mina para investir em Goiás
Pesquisa mostra os municípios que mais atraem investimentos em Goiás. Anápolis e Rio Verde lideram

Ricardo César

Anápolis, Rio Verde e Aparecida de Goiânia foram os municípios mais competitivos do Estado em 2009, segundo estudo divulgado ontem pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento de Goiás (Seplan-GO). O ranking, elaborado a partir de sete indicadores socioeconômicos dos 65 municípios goianos com mais de 14 mil habitantes, revelou que aqueles com economia voltada à atividade industrial e agroindustrial são os que têm melhores condições para a atrair investimentos.

Anápolis é um caso clássico deste processo. Em todas as quatro edições do estudo bianual, realizado desde 2003, a cidade aparece em primeiro lugar. A logística e o elevado grau de industrialização garantiram o topo dos rankings, explica a superintendente de Estatística e Informação da Seplan, Lilian Maria Silva Prado. Segundo ela, de uma classificação máxima de 70 pontos no indicador infraestrutura tecnológica, Anápolis atinge 64,28, a maior dentre as 65.

A consolidação do Polo Farmoquímico, do Distrito Agroindustrial (Daia), que hoje tem mais de cem empresas, e da Plataforma Multimodal, é prova da alta capacidade de Anápolis de atrair investimentos. O prefeito Antônio Gomide (PT) diz que a localização e o sistema de escoamento da cidade são essenciais para este processo. “Temos aqui o Anel Viário, a Ferrovia Norte-Sul e o Porto Seco, que atraem as atenções de empreendedores. Anápolis está próxima a dois grandes mercados consumidores. E isso desperta interesse de quem quer investir.”

O empresariado confirma tal tese. Wilson de Oliveira, do grupo Café Rancheiro, diz que as vantagens da cidade não param por ai. A oferta de mão-de-obra qualificada é essencial para o fator de Anápolis atrair empresas e grupos econômicos. “Investir em Anápolis continua sendo atraente. Há quatro unidades do Sesi/Senai formando mão-de-obra especializada, um universidade forte e dezenas de centros de formação.”

Diferença

Os dados de Goiânia não são contabilizados pela Seplan neste ranking. Segundo Lilian Maria Prado, a capital se difere dos 65 municípios goianos pesquisados por concentrar boa parte da industrialização, dos investimentos e de sua lógica. A intenção da pesquisa é mostrar a competitividade do interior, explica o secretário de Planejamento, Oton Nascimento Jr.

Segundo ele, o ranking é um documento destinado aos empreendedores privados e gestores públicos para apontar a dinâmica das economias locais. É o que o prefeito de Rio Verde - o segundo município no ranking - Juraci Martins (DEM), pretende fazer. A cidade é apontada como a capital do agronegócio e da agroindústria do Estado. Segundo ele, a chegada da Perdigão gerou uma concentração (geográfica e setorial) de empresas e instituições que, em sua interação, geram capacidade de inovação e conhecimento especializado. Na prática, a Perdigão atraiu outras dezenas de empresas e garantiu dinamismo para a economia da cidade.

Aparecida de Goiânia, por sua vez, conseguiu pela primeira vez ultrapassar Catalão. Nos últimos três estudos, a cidade galgava o quarto lugar. A posição privilegiada é o motivo para atrair investimentos. Aparecida está na Região Metropolitana de Goiânia, a 70 km de Anápolis, a 210 quilômetros de Brasília.

Embora não tenham subido ao pódio das três com mais capacidade de atrair investimentos, São Simão, Senador Canedo, Porangatu, Jaraguá e Ceres merecem destaque. Estes municípios apresentaram diferenciais em uma das sete categorias analisadas, como qualidade de vida, ou ganharam várias posições em relação ao último trabalho publicado pela Seplan, em 2007.

São Simão, por exemplo, não aparecia nos trabalhos anteriores por ter uma população menor do que a estabelecido como critério para avaliação. Com a mudança do item populacional de 15 mil, base dos últimos três estudos, para 14 mil na pesquisa lançada ontem, a cidade estreou na lista e foi apontada como detentora de uma ótima infraestrutura.

Assim, logo de primeira, São Simão já pegou a 9ª colocação. “É um município dos mais completos, pois é bem avaliado desde a sua infraestrutura logística e econômica até a sua qualidade de vida”, avalia o prefeito Francisco de Assis Peixoto (PP).

Senador Canedo, por sua vez, passou da 6ª posição para a 5ª, principalmente por seus investimentos em infraestrutura e a criação de distritos industriais o que potencializam o seu poder de crescimento.

Ceres foi campeã em qualidade de vida. Não é um município com expressiva força econômica, mas a sua população tem destaque no acesso à saúde, principalmente, à educação.

Já Porangatu saltou do 41° lugar para o 28° devido às mudanças que houveram na cidade com a chegada de uma empresa de biodiesel. Outro município que ganhou várias posições foi Jaraguá, que saltou de 49° para a 27° posição por conta da ênfase e da força do arranjo produtivo de confecção.

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