segunda-feira, 3 de maio de 2010

Marconi e Anápolis: entrosamento!




O jornal de Anápolis

POLÍTICA











Marconi Perillo aponta vice ideal

O senador Marconi Perillo, pré-candidato do PSDB ao governo de Goiás, disse em Anápolis esta semana que Roberto Balestra, do PP, seria seu candidato a vice-governador, se a decisão estivesse em suas mãos.

O senador Marconi Perillo, pré-candidato do PSDB ao governo de Goiás, disse em Anápolis esta semana que Roberto Balestra, do PP, seria seu candidato a vice-governador, se a decisão estivesse em suas mãos. A relação entre ambos, segundo ele, é de profundo respeito e confiança. Esta não é a primeira vez em que Perillo e Balestra aparecem no centro das discussões para a sucessão estadual. Nas eleições de 1998, antes do então deputado federal Marconi Perillo ser referendado como candidato a governador, era Balestra o nome da ‘base aliada’ para enfrentar Íris Rezende, do PMDB.

Numa entrevista concedida à Rádio São Francisco, na terça-feira,27, Marconi Perillo comentou o resultado da pesquisa Ecope e falou dos apoios que tem recebido por parte de prefeitos do PP.


CONTEXTO - A última pesquisa Ecope o coloca com ampla vantagem sobre seu principal adversário. Que análise o senhor faz desta situação?

Marconi Perillo - Pesquisa é a fotografia do momento. Pode mudar de acordo com o humor das pessoas, os projetos, e o ritual da campanha. Nos últimos meses temos percebido certa segurança dos eleitores em relação a essas posições. Recebo com os pés no chão, com muita humildade, mas muito feliz por essas demonstrações de apreço de mais da metade dos goianos em relação ao esforço que fiz quando governador para promover o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento humano, e ajudar com as ações do governo para melhorar a vida das pessoas. O poder só vale a pena quando ele é utilizado como instrumento para promover o bem estar das pessoas.

CONTEXTO - Os jornais publicaram declaração do presidente regional do PMDB dando conta que o senhor é o ‘alvo’ na campanha eleitoral. Como o senhor vê isso?

Marconi Perillo - Vejo com um misto de alegria e de tristeza. Tristeza porque não gostaria que o nível da campanha fosse baixo. Não vou fazer isso. Vou trabalhar idéias, sonhos, projetos concretos. Um plano de governo voltado para o futuro, para as crianças, os jovens, os idosos, os trabalhadores, que precisam da atenção especial do Estado. Vou propor projeto de governo ousado, moderno, eficiente, uma gestão que possa transformar ainda mais a vida das pessoas. Vejo com tristeza quando falam que vão mirar um determinado adversário, levando a crer que vão baixar o nível da campanha. Mas vejo com alegria também. Se querem me transformar em alvo é porque tenho alguma força. Devem me considerar uma árvore que dê bons frutos. O eleitor não gosta de baixaria, quer saber o que o candidato pode fazer para melhorar a sua vida.

CONTEXTO - O que o senhor traz de proposta diferente, ao se propor voltar a governar o Estado?

Marconi Perillo - Estamos trabalhando os eixos principais, as macro-diretrizes do plano de governo. Vamos trabalhar agora os programas regionais, municipais, vamos detalhar os projetos. No dia 7 de maio, quando faremos o lançamento oficial da campanha, apresentaremos os programas macros. Depois vamos debater com a sociedade o detalhamento do plano, sobre as potencialidades, os fatores positivos e negativos, as soluções, e tudo o que é possível fazer para que Anápolis se alavanque ainda mais. É claro que sabemos quais são as principais necessidades da cidade. Já foi dito da necessidade, por exemplo, da ampliação do Hospital de Urgências que foi construído aqui no nosso governo. Vamos priorizar a construção do terminal de cargas, a nova pista do aeroporto. Quando governador, compramos a área de 200 alqueires para a Plataforma Logística, e é preciso agora povoar, trazer as empresas para a plataforma, ativá-la, apoiar o Porto Seco, a conclusão da Ferrovia Norte-Sul. Minha emenda para 2010 foi destinada para as obras do viaduto do Daia. Sei que Anápolis precisa de moradia, da volta dos programas sociais e de investimentos. Considero este entroncamento logístico de Anápolis como um dos mais importantes do Brasil. Com a Ferrovia Norte-Sul, a Centro-Atlântica, a duplicação da rodovia a Brasília ligando a Itumbiara, São Paulo e Minas Gerais, esta realidade mudou. Durante sete anos e três meses lutamos junto ao ministro dos Transportes e o presidente da República pela duplicação da rodovia. Felizmente conseguimos. Hoje é uma benção. O mesmo aconteceu em relação ao anel viário, a revitalização da Belém-Brasília. Não dormi de toca, não tive preguiça, fui à luta, para garantir recursos e desenvolvimento para a cidade. E este é meu desejo para o futuro, hoje com mais experiência, maturidade, depois de passar Por dois governos, senador, vice-presidente do Senado, e com muito mais disposição ainda para trabalhar efetivamente por Anápolis e pelos anapolinos.

CONTEXTO - O senhor já trabalha a definição de quem será o candidato a vice em sua chapa?

Marconi Perillo - O candidato a vice-governador precisa ser competente, honesto, sério, preparado, de confiança, ter representatividade política. Vou deixar para definir no final de junho, às vésperas da convenção. Vamos procurar ampliar nosso leque de alianças. Já disse que, se dependesse de mim, convidaria o (Roberto) Balestra, que representa mais de 50 prefeitos. É super experiente. Mas não depende só dele nem de mim, mas de uma conjunção de fatores. Ele não tem o controle do partido hoje.

CONTEXTO - Os nomes dos candidatos ao Senado já estão definidos?

Marconi Perillo - Havendo a aliança do PSDB com o DEM, reproduzindo a aliança nacional, uma vaga estaria garantida para o DEM, que vai indicar o senador Demóstenes (Torres), que tem feito um grande trabalho no Senado. A outra vaga é disputada pela senadora Lúcia Vânia, do PSDB, e há um desejo por parte do deputado Jovair Arantes. É uma questão que será resolvida naturalmente nos próximos dois meses.

CONTEXTO - Como o senhor analisa o apoio que recebe de prefeitos do PP?

Marconi Perillo - Apesar da pressão violenta do governo para tirar dos prefeitos o apoio à nossa pré-candidatura, temos hoje mais de 30 prefeitos do PP que já manifestaram espontaneamente o desejo de estar conosco. Por uma questão simples: são meus companheiros de toda uma vida pública, estive nos palanques deles avalizando suas candidaturas, ajudei a levar verbas e obras para seus municípios, e eles acham que o jeito de retribuir é não traindo, é sendo leal, recíproco. Uma das principais virtudes do ser humano é a gratidão, e o principal defeito é a ingratidão, a traição. Ninguém suporta isso. Ninguém perdoa Judas por ter traído Jesus Cristo, ou aqueles que traíram Tiradentes. Os prefeitos do PP ao me apoiarem estão dizendo ‘somos gratos, não somos Judas, somos agradecidos pelo que o senhor fez pela nossa gente, nosso município’.

CONTEXTO - O senhor se sente magoado com tudo isso?

Marconi Perillo - Não, de forma alguma. Não guardo mágoas nem rancor. Meu coração é do bem, gosto de ajudar as pessoas. Aprendi a ser fraterno e solidário desde a infância na minha Palmeiras de Goiás, aprendi a respeitar as pessoas, as diferenças. Se for vitorioso nas eleições deste ano imediatamente após o resultado das eleições vou convidar a todos os partidos, a todos os goianos, para nos unirmos em favor de Goiás.

CONTEXTO - Em Anápolis a administração é do PT. Pode ter problema de relacionamento com o prefeito Antônio Gomide por ser de um partido de oposição?

Marconi Perillo - De forma alguma. Fui governador com Pedro Wilson do PT, prefeito de Goiânia, tivemos respeito mútuo, fizemos muitas parcerias. Fui governador durante 1 ano e 3 meses com Íris (Rezende) prefeito de Goiânia, e procurei o melhor relacionamento. O mesmo ocorrerá aqui caso eu ganhe. Vou procurar a cidade, o prefeito, a Câmara, estabelecer as melhores parcerias. Fiz isso com todos os prefeitos de Anápolis enquanto governador. Quando o Ernani (de Paula) ganhou ofereci ajuda para melhorar a Avenida Brasil Sul. Cheguei ao governo o Adhemar (Santillo) era prefeito, nunca o retaliei. Depois o Pedro Sahium ganhou as eleições, o PSDB local tinha apoiado o Rubens (Otoni), eu dei as mãos ao Sahium. Fizemos juntos todo aquele trabalho de melhoria da Avenida Brasil Sul, outras parcerias em conjunto. Se eu for vitorioso vou estabelecer as melhores e mais respeitosas parcerias com o município de Anápolis, com as autoridades políticas, o Judiciário, Ministério Público, empresariado, as igrejas, com o povo de Anápolis.

CONTEXTO - O governo estadual alega que teve dificuldades em deslanchar administrativamente por conta de dívidas herdadas em seu período de governo. Como o senhor recebe colocações como essas?

Marconi Perillo - Não há nada mais fácil para se desculpar incompetência, do que tentar atribuir responsabilidades a terceiros. O governador Alcides (Rodrigues) foi meu vice durante dois mandatos. Acompanhou tudo de perto. Não se cansava de me elogiar. Foi nomeado por mim como interventor em Anápolis. Todas as vezes que se referia a mim em público dizia que eu era o maior benfeitor do Estado, que deixei o Estado redondo. Pela primeira vez um governador deixou o governo com a folha do mês em que saiu paga, o 13º pago, a dívida externa em dia, os programas sociais todos quitados. Ele não se cansava de dizer isso, inclusive quando candidato, na campanha inteira. Aí, de repente, quando estava reeleito, começou a inventar desculpas para justificar dificuldades ou incompetência na gestão. Não aceito isso. Porque é uma dissimulação, uma mentira, uma forma de justificar uma outra opção. Tem governante que faz opção pelo povo, tem outros que pensam no bolso, no patrimonialismo. Isso é muito sério. Graças a Deus posso andar de cabeça erguida no país inteiro, porque tenho consciência do que fiz, procurei fazer o melhor pelo Estado. Dificuldade foi o que encontrei quando cheguei ao governo. Duas folhas e meia de salários em atraso, o funcionalismo desmotivado, a usina de Cachoeira Dourada vendida e o dinheiro tinha acabado. Oitenta estradas começadas com o dinheiro de Cachoeira Dourada, R$ 200 milhões de dívidas no Dergo. Não havia um programa social, não havia Cheque Moradia ou Renda Cidadã. Tivemos que construir um a um. Herdei a maior dívida proporcional do Brasil, Goiás era o 27º estado brasileiro mais endividado em relação à sua receita. Tenho tranquilidade para debater esse assunto com qualquer um. Não vai ser a traição ou a leviandade de alguns que vai jogar qualquer mancha sobre o honrado trabalho que fiz quando governador. O povo goiano é testemunha disso? Pergunte ao funcionalismo público. As pessoas que estão no governo ou os adversários precisam reconhecer isso.

CONTEXTO - Quando o senhor era governador, Anápolis teve participação efetiva com secretários em seu governo. Caso o senhor seja eleito terá anapolinos em suas secretarias?

Marconi Perillo - Com certeza. Anápolis terá no mínimo duas ou três secretarias importantes. A cidade tem peso fundamental no desenvolvimento econômico de Goiás. Foi, é e será sempre reconhecida por mim como uma das principais cidades do Brasil. Quando governador não falava que gostava de Anápolis só da boca para fora. Quem ama uma cidade, um povo, e deve a esse povo, tem que fazer com ações concretas. Cumpri e honrei todos os meus compromissos e mais alguns com Anápolis.

CONTEXTO - Como o PSDB está trabalhando a participação de Anápolis na composição das chapas proporcionais?

Marconi Perillo - Há nomes de partidos que estão alinhados com nossa aliança, nomes importantes. Vejo despontando aqui o nome do vereador Fernando Cunha para a Câmara Federal, existem outros nomes de partidos ligados a gente. Existem outros nomes que querem disputar vaga na Assembléia Legislativa, entre eles o ex-secretário Ridoval Chiareloto, mais o Frei Valdair (de Jesus Costa), deputado estadual, que tem a legítima pretensão de disputar sua reeleição. E alguns outros nomes que têm nos procurado e que no futuro vamos verificar se serão ou não candidatos.


Autor: Da Redação

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