POLÍTICA
Presidenciável evita falar sobre as alianças locais
Bruno Rocha Lima e Núbia Lôbo
Nem a boa relação entre o deputado federal Ronaldo Caiado, presidente do DEM goiano, e o pré-candidato a presidente pelo PSDB José Serra conseguiu abrir a discussão sobre uma reaproximação entre os dois partidos em Goiás. O tucano evitou criar constrangimentos a Caiado e disse que não cabia a ele interferir no cenário local. Já o deputado voltou a afirmar que a aliança nacional não significa um acordo em Goiás.
“Não vim a Goiás para dizer como as coisas têm de ser aqui. Minha função é conciliar as nossas bases e não impor. Mas o meu desejo é ter a maior unidade possível de todos aqueles que nos apoiam”, frisou Serra. Caiado reforçou a posição. “Eu não sei se isso é uma questão do Serra, é um assunto nosso. Não existe uma mão-dupla na política. Cada um tem a sua decisão, que deve ser respeitada por todos.”
O deputado, no entanto, não mostrou entusiasmo com a condução da pré-candidatura a governador de Vanderlan Cardoso (PR), bancada pelo governador Alcides Rodrigues (PP), de quem Caiado é aliado. “Foi feita uma opção. Não cabe a mim criticar se foi correta ou não. Acho que não adianta chorar sobre o leite derramado”, disse.
Serra procurou mostrar afinidade com Caiado. Ao descer no aeroporto, fez questão de cumprimentar primeiro o democrata. Na OJC, Caiado e Marconi tiveram momentos de conversas informais. Apesar do clima ameno, aliados falavam que ainda há grandes obstáculos para um acordo político entre os dois.
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